LÍNGUAS, LIVROS E LEIS: O APAGAMENTO DA CULTURA INDÍGENA E RESISTÊNCIA

2020 
O trabalho propoe uma revisao sobre a formacao do Estado brasileiro desde a perspectiva do colonialismo e da colonialidade, orientada pela teoria da decolonialidade, partindo da historia das linguas e dos livros em direcao a lei e ao apagamento das culturas indigenas. As peculiaridades da colonizacao brasileira, suas diferencas frente aos paises vizinhos latino-americanos e os ecos deste processo no Brasil contemporâneo perpassam os quatro pontos em que se estrutura este trabalho, a saber: (1) a diversidade linguistica do Brasil originario e nas mudancas decorrentes do processo de conquista europeu; (2) o processo de independencia (politica, economica, cultural) nunca concluido e as sobreposicoes de dominacoes que complexificaram as hierarquias, criando dominadores de dominadores e dominados que subjugam a outros dominados; (3) reflexoes sobre como os dominadores coloniais mantiveram-se (a si mesmos e a nacao) a margem dos ideais de modernidade e racionalidade na perspectiva iluminista; e (4) os ecos do colonialismo e da colonialidade no Brasil contemporâneo sobre as culturas indigenas, especialmente sobre suas linguas, e a resistencia dos povos originarios. Para tanto, ainda que sejam feitas inferencias a partir de dados historicos e estatisticos em abordagem qualitativa, emprega-se o metodo dedutivo sempre e quando o lugar de fala da autoria referenciada seja equivalente a realidade brasileira. Conclui-se que o reconhecimento do multilinguismo e a participacao dos povos originarios na tomada de decisoes estatais pode permitir que os direitos desses povos passem pela efetivacao.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    5
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []