Estudo do potencial antioxidante do extrato aquoso de Ilex paraguariensis na hepatotoxicidade induzida por paracetamol em camundongos

2010 
IntroducaoO Paracetamol ou acetaminofeno (APAP) e um dos analgesicos/antipireticos mais utilizado na medicina. Varios estudos apontam a implicacao do estresse oxidativo associado a toxicidade do APAP, bem como sugerem a eficiencia do tratamento com antioxidantes. Nesse sentido, tem sido investigado o potencial antioxidante de diversas plantas, entre as quais a Ilex paraguariensis, as quais tem se mostrado candidatos a agentes protetores em diversos modelos animais de toxicidade.ObjetivoO objetivo desse estudo foi avaliar o potencial hepatoprotetor e antioxidante do extrato aquoso de Ilex paraguariensis em um modelo experimental de intoxicacao aguda em camundongos por APAP. MetodosOs animais experimentais (camundongos machos) foram divididos em 2 grupos. O grupo controle recebeu apenas agua e o grupo tratado recebeu o extrato de I. paraguariensis (400mg/kg/dia) durante 30 dias. No 31o dia, os dois grupos foram subdivididos em 4 grupos e receberam: Grupo 1 (Controle): uma injecao de salina 5ml/kg i.p.; Grupo 2 (APAP): uma injecao de APAP 300mg/kg i.p.; Grupo 3 (I. paraguariensis): uma injecao de salina 5 ml/kg i.p.; Grupo 4 (I. paraguariensis + APAP): uma injecao de APAP 300 mg/kg i.p.. Os animais foram sacrificados 24h apos a administracao do APAP. Os tecidos (figado e rim) foram rapidamente removidos, homogeneizados e devidamente armazenados para as analises posteriores. Os ensaios de TBARS foram feitos segundo Okawa e cols., 1979 e a determinacao dos grupos tiois foi feito segundo Jacques-Silva et al. 2001.ResultadosO tratamento com APAP 300 mg/kg causou um significativo aumento nos niveis de TBARS hepatico, sendo que o pre-tratamento com I. paraguariensis foi capaz de prevenir o dano oxidativo hepativo. Da mesma forma, os niveis de grupos –SH totais do figado dos animais tratados com APAP foram significativamente menores que nos animais controle, sendo que o pre-tratamento com o extrato da planta foi capaz de prevenir a diminuicao nos niveis dos grupos –SH totais. Por outro lado, os niveis de TBARS e –SH totais nos rins dos animais tratados com APAP nao foram significativamente alterados. Alem disso, o extrato de I. paraguariensis nao exerceu nenhum efeito per se. ConclusaoO extrato aquoso de I. paraguariensis foi capaz de prevenir as alteracoes oxidativas (TBARS e grupos –SH totais) induzidas pelo tratamento agudo com APAP no figado dos camundongos, sem, contudo, exercer efeito per se.Agradecimentos: FAPERGS, CNPq, CAPES, FINEP.
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