Influencia das temperaturas de cocção de ceramica na resistencia a tração e dureza Vickers do titanio comercialmente puro fundido

2005 
utilizacao das ligas de metais nao nobres para metalocerâmica tem aumentado com o passar do tempo devido as propriedades mecânicas e baixo custo das mesmas. O titânio tornou-se popular devido a sua excelente biocompatibilidade e propriedades mecânicas favoraveis. Apesar de tais vantagens, as informacoes sobre a influencia dos ciclos de coccao das cerâmicas na dureza Vickers e resistencia a tracao sao escassas. O objetivo do presente estudo foi: 1) avaliar a influencia do ciclo de coccao da cerâmica (Vitatitankeramic) na dureza Vickers, bem como na resistencia a tracao (resistencia a tracao maxima, resistencia a tracao na ruptura e alongamento) do titânio comercialmente puro grau 2 fundido; 2) determinar o modo de falha nas superficies fraturadas por meio de inspecao visual e caracterizacao por imagens obtidas com microscopia eletronica de varredura (MEV). A dureza com penetrador Vickers foi medida em corpos-de-prova fundidos em formato de disco (3mm de espessura e 6mm de diâmetro) com carga de 9,08N e 5 segundos (HV1) de tempo de permanencia. Os corpos-de-prova foram divididos nos seguintes grupos (n=5): DIN (sem ciclo de coccao), DBO (ciclo do ERQGHU), DOP (ciclos do ERQGHU+opaco), DDE (ciclos do ERQGHU+opaco+dentina) e DGL (ciclos do ERQGHU+opaco+dentina+JOD]H). Para o teste de resistencia a tracao foram utilizados corpos-de-prova de acordo com a norma E8M da ASTM e especificacao numero 5 da A.D.A. O teste foi realizado em uma maquina de ensaios mecânicos (MTS 810) com velocidade de deslocamento do atuador de 1mm/min. Os grupos (n=10) para o teste de resistencia a tracao foram divididos em TIN (sem ciclo de coccao), TBO (ciclo do ERQGHU), TOP (ciclos do ERQGHU+opaco), TDE (ciclos do ERQGHU+opaco+dentina) e TGL (ciclos do ERQGHU+opaco+dentina+JOD]H). A analise de falha foi feita por avaliacao macroscopica visual e caracterizacao com MEV para determinar o modo predominante de fratura. Os valores originais de dureza Vickers e resistencia a tracao foram submetidos ao teste de analise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey com 5% de nivel de probabilidade. Os valores medios de dureza Vickers foram: 187,00±5,91 para DIN, 206,44±3,37 para DBO, 199,55±3,15 para DOP, 202,05±1,78 para DDE e 207,10±6,87 para DGL, com diferenca significativa apenas entre o grupo DIN e os outros grupos submetidos aos ciclos de coccao da cerâmica. Os valores medios de 20 resistencia maxima a tracao (MPa) foram 494,05±54,4 para TIN, 511,28±51,76 para TBO, 505,46±44,76 para TOP, 481,99±68,66 para TDE e 493,13±33,17 para TGL. Os valores medios de resistencia a tracao na ruptura (MPa) foram: 409,24±58,5 para TIN, 411,45±42,62 para TBO, 407,06±35,83 para TOP, 390,26±55,96 para TDE e 395,5±26,35 para TGL. Os valores medios de alongamento (mm) foram: 3,07±1,04 para TIN, 3,01±0,93 para TBO, 2,72±0,44 para TOP, 3,05±0,86 para TDE e 2,72±0,89 para TGL. Nao foram encontradas diferencas significativas nos grupos quanto a resistencia maxima a tracao, resistencia a tracao na ruptura e alongamento. A dureza Vickers apos os ciclos de coccao da cerâmica exibiu diferenca significativa em relacao ao grupo DIN. A resistencia a tracao maxima, resistencia a tracao na ruptura e alongamento nao foram influenciados pelos ciclos de coccao de forma significativa. A fratura ductil foi predominante em todos os grupos, com presenca de dimples na superficie de fratura Abstract
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