Sobrevida de idosos e exposição à polifarmácia no município de São Paulo: Estudo SABE

2019 
RESUMO: Introducao: O uso de polifarmacia pode ser resultante da presenca concomitante de condicoes cronicas, atendimento por diversos medicos e automedicacao. Combinada com a vulnerabilidade de idosos aos efeitos dos medicamentos devido a alteracoes farmacocineticas e farmacodinâmicas, a polifarmacia torna essa populacao mais suscetivel a desfechos adversos. No Brasil, estudos mostram que a polifarmacia e um problema frequente entre idosos, mas faltam informacoes sobre sua associacao com mortalidade. Objetivo: Avaliar a sobrevida de idosos do municipio de Sao Paulo expostos ao uso de polifarmacia (cinco ou mais medicamentos). Metodos: Trata-se de uma coorte de base populacional, o Estudo Saude, Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe), da qual se pesquisou o seguimento de 2006 a 2010. A amostra foi composta por 1.258 individuos com 60 anos ou mais. O metodo de Kaplan-Meier e o modelo de riscos proporcionais de Cox foram usados para examinar a associacao entre mortalidade e polifarmacia. Resultados: A probabilidade de sobrevida apos cinco anos dos individuos usuarios de polifarmacia na linha de base foi de 77,2%, enquanto nos nao usuarios foi de 85,5%. Apolifarmacia permaneceu como fator de risco para obito mesmo apos ajuste de demais condicoes associadas a mortalidade, como idade, sexo, renda, doencas cronicas e internacao hospitalar. Conclusao: Os resultados apontam para a polifarmacia como um preditor de mortalidade para pessoas idosas. O uso de multiplos medicamentos por idosos deve ser cuidadosamente avaliado para evitar ou minimizar danos a essa populacao.
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