Uso e manejo do solo e da água contribuindo na resiliência de sistemas agrícolas às intempéries climáticas no sertão do Araripe, Pernambuco.

Diferentes sistemas de producao agricola podem apresentar distintos graus de vulnerabilidade aos efeitos da mudanca climatica, que podem ser eventualmente atenuados por meio de desenho de estrategias de mitigacao e adaptacao apropriada a mudanca climatica. Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo caracterizar as estrategias de uso e manejo do solo e da agua que estao contribuindo na resiliencia as mudancas climaticas de um agroecossistema, de forma participativa com a familia, no Territorio Sertao do Araripe, no estado de Pernambuco. Na construcao dos indicadores de resiliencia foram utilizadas ferramentas do Diagnostico Rural Participativo (DRR), partindo das experiencias dos agricultores envolvidos na pesquisa e com base Na literatura. Na avaliacao da resiliencia foi utilizada a metodologia de se estimar a vulnerabilidade dos agroecossistemas, por meio do sistema de cores que classifica cada indicador construido, em tres niveis de avaliacao, que variam numa escala de 1 a 5, O indice de resiliencia foi obtido se calculando a media da pontuacao obtida em cada subsistema. Os resultados apontam que os subsistemas BS e BT apresentaram resiliencia maior do que o R e a C, no entanto quando da comparacao do indice medio verifica-se que nao houve diferencas marcantes entre eles. O estudo permitiu que a familia tivesse um olhar holistico da sua propriedade, percebendo a necessidade de melhoria no desenho de seu sistema de producao, no qual a diversificacao e a integracao proporcionam menor vulnerabilidade e maior sustentabilidade aos sistemas agricolas.