Avaliação do efeito estrogênico do Ginkgo biloba em ratas Wistar impúberes

2009 
O uso de terapia hormonal na menopausa nao esta isento de riscos sendo relatados eventos adversos como embolia pulmonar e câncer apos seu uso. Nestes casos, os fitoestrogenios, compostos estrogenicos presentes nas plantas, podem ser utilizados como alternativa ao tratamento hormonal, ja existindo comprovacao da eficacia e seguranca em seu uso. O extrato de Ginkgo biloba, um dos fitoterapicos mais consumidos no mundo, utilizado para o tratamento de disturbios circulatorios e neurologicos, produziu efeito estrogenico in vitro em celulas tumorais MCF7 e promoveu alteracao do epitelio vaginal de camundongos, aventando a possibilidade do seu uso como um fitoestrogenio. Porem, ainda nao existem estudos conclusivos in vivo indicando o efeito estrogenico do extrato, sendo este o objetivo do presente trabalho. Neste experimento, foram utilizadas 70 ratas Wistar, pre-puberes, com 22 dias de idade. As ratas foram pesadas e distribuidas aleatoriamente em sete grupos com 10 animais em cada. O grupo controle negativo recebeu 0,4mL de agua destilada via intragastrica. O grupo controle positivo recebeu 1µg/Kg de 17α-estradiol em 0,3mL de oleo mineral, via subcutânea. Os grupos tratados receberam extrato de Ginkgo biloba nas doses de 4, 40, 100, 500 e 1000mg/Kg/dia, administrado em 0,4mL de solucao aquosa via intragastrica. A administracao das solucoes ocorreu uma vez ao dia por tres dias. Apos 24 horas do ultimo dia de tratamento foi analisada a presenca de abertura vaginal e os animais foram eutanasiados para remocao do trato reprodutor. O utero foi separado da vagina e dos ovarios e entao pesado. Analise histomorfometrica dos cornos uterinos e vagina (espessura da mucosa vaginal e do epitelio superficial uterino) foi realizada. A analise estatistica dos dados obtidos foi feita pelo teste ANOVA seguido de teste post-hoc de Tukey ou Dunnett T3 com nivel de significância de α = 0,05. O tratamento com Ginkgo biloba nao alterou o peso corporal nem o peso uterino. A espessura da mucosa vaginal foi menor nos animais que receberam 1000mg/Kg do extrato. Nos animais tratados com 4, 40, 100 e 500mg/Kg de G. biloba observou-se aumento da espessura do epitelio superficial uterino. Podemos concluir que o extrato de Ginkgo biloba estudado apresentou indicios de efeito estrogenico quando administrado a ratas Wistar nas doses de 4, 40, 100 e 500mg/Kg e efeito antiestrogenico na dose de 1000mg/Kg.
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