A COMPLEXIDADE ESPACIAL NA OBRA DE TADAO ANDO

2020 
O arranjo espacial e uma das principais questoes – senao a principal – a serem resolvidas em um projeto arquitetonico. O maximo aproveitamento do espaco, em termos de funcionalidade, depende de como o arquiteto manipula diversos fatores, tais como: programa de necessidades, zoneamento/setorizacao, insolacao, ventilacao, entre outros. No entanto, a funcionalidade nao deve ser o unico aspecto a ser considerado na concepcao do espaco arquitetonico: este deve, ademais, buscar provocar sensacoes em seus usuarios. A obra do arquiteto japones Tadao Ando (Osaka, 1941–), inserido por Kenneth Frampton no movimento do Regionalismo critico, pode fornecer exemplos que ilustram a juncao bem-sucedida entre funcao e sensacao no espaco arquitetonico. A vista disso, o presente artigo ira abordar a dimensao espacial em seus projetos a luz dos preceitos desse movimento, visando a compreensao de como os espacos sao capazes de materializar a associacao entre essas duas variaveis. O artigo se restringira a analise de dois projetos de sua autoria: o Museu de Arte de Chichu (Distrito de Kagawa, Japao, 2004) e o edificio-sede da Faculdade de Arte, Arquitetura e Design da Universidade de Monterrey (Mexico, 2013). Como objetivo geral, o artigo se propoe a suscitar reflexoes em arquitetos e estudantes de Arquitetura a partir das licoes de Tadao Ando e evidenciar a possibilidade de evocacao do sensivel por meio da materialidade, uma vez que cabe ao idealizador do espaco arquitetonico explorar as inumeras possibilidades de arranjo espacial com vistas a induzir o usuario a sentir o espaco, e nao apenas visualiza-lo.
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