UTILIZAÇÃO DE BACTERINA NA PREVENÇÃO DE MASTITE CAUSADA POR Escherichia coli (J5) E Staphylococcus aureus (CP8) EM OVINOS LEITEIROS

2014 
A mastite e definida como a inflamacao da glândula mamaria, sendo atualmente um dos problemas economicos e sanitarios de maior importância aos rebanhos ovinos. Varios patogenos sao responsaveis por causar mastite, entre os quais pode-se destacar as bacterias do genero Staphylococcus sp. e os microrganismos da familia Enterobacteriaceae . A prevencao dessa enfermidade pode ser realizada por meio de manejo adequado, destacando a importância da ordenha higienica e a utilizacao de vacinas, porem, sao poucos os produtos desenvolvidos especificamente para terapia de mastite em pequenos ruminantes. O presente estudo teve por objetivo avaliar a utilizacao de bacterina com cepas de Escherichia coli (J5) e Staphylococcus aureus (CP8) na prevencao de mastite em ovinos leiteiros em diferentes protocolos. Foram selecionadas no primeiro momento 50 ovinos da raca Lacaune, para a cobertura, considerando o historico da taxa de prenhez da propriedade, que gira em torno de 80%, assegurando um total de 36 ovelhas paridas. Os animais foram divididos em tres lotes uniformes com 12 matrizes cada: lote um (controle), lote dois (duas doses) e lote tres (tres doses), todos submetidos as mesmas condicoes ambientais e de manejo. Logo apos o parto, iniciou-se o monitoramento semanal, no qual se realizou a coleta de leite para analise microbiologica e teste de suscetibilidade aos antimicrobianos, sendo avaliada a producao diaria individual. Alem disso, foram coletadas amostras de sangue para verificar a presenca de imunoglobulinas, respeitando um intervalo de 15 dias apos a aplicacao da bacterina. Foram realizadas cinco coletas de leite. Os agentes bacterianos isolados foram Staphylococcus sp. Coagulase negativa (46,34%), Alcaligenes faecalis (14,63%), Aeromonas sp. (12,20%), Serratia sp. (7,32%), Enterococcus saccharolyticus (4,88%), Staphylococcus aureus (2,44%), Pseudomonas sp. (2,44%), Corynebacterium sp. (2,44%), Staphylococcus sp. coagulase positiva (2,44%), Streptococcus acidominimus (1,22%), Acinetobacte r sp. (1,22%), Bacillus sp. (1,22%) e Escherichia coli (1,22%). No teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, obteve-se a seguinte sequencia de sensibilidade para as bacterias Gram positivas: amoxicilina+acido clavulânico (91,67%), Enrofloxacina (91,67%), Ampicilina (87,5%), Gentamicina (85,42%), Cefalexina (85,42%), Neomicina (81,25%), Ceftiofur (81,25%), Sulfametoxazol+trimetoprim (79,17%), Penicilina (77,08%), Lincomicina (66,67%), Tetraciclina (58,33%), Oxacilina (41,67%). Ja para as bacterias Gram negativas, obteve-se o seguinte perfil de sensibilidade: Norfloxacina (96,88%), Gentamicina (90,63%), Neomicina (81,25%), Enrofloxacina (75%), Tetraciclina (62,5%), Ceftiofur (37,5%), Sulfametoxazol+trimetoprim (15,63%), Amoxicilina+ acido clavulânico (9,38%), Ampicilina (9,38%), Penicilina (9,38%) e Lincomicina (3,13%). De forma geral, nao se observou um padrao de reducao de microrganismos entre as diferentes coletas nos diferentes lotes. Entretanto, na primeira coleta foi possivel observar reducao no isolamento microbiano no lote tres, que recebeu tres doses da vacina. Nao foi possivel a realizacao do teste para verificar a presenca de imunoglobulinas nas amostras coletadas. Palavras-chave: Mastite. Bacterina. Ovinos leiteiros.
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