A fala silenciosa reportada: metáfora, metonímia e mesclagem
2006
Este trabalho investiga os processos cognitivos de mesclagem, extensao metaforica e metonimica (BARCELONA, 2003; FAUCONNIER, 1994, 1997; FAUCONNIER e TURNER, 2002; GOLDBERG, 1995; LAKOFF e JOHNSON, 1999, 1980; LAKOFF e TURNER, 1989; SALOMAO, 2003, 1999, 1997) subjacentes a certas construcoes de pseudoautocitacao. Os dados provenientes de corpus videografado sinalizaram certa produtividade desse recurso dicendi , comum a reportacao de "discursos" proprios que nao foram verbalizados na cena original, mas apenas pensados. A partir de construcoes como "Ai eu falei (pensei): Coitado!", constatou-se a existencia da metafora PENSAMENTO E FALA e da metonimia FALAR POR PENSAR, o que revela como o falante concebe rotineiramente as relacoes entre linguagem e pensamento. Postula-se tambem que as razoes cognitivas e interacionais para se optar por construcoes desse tipo relacionam-se a interdicoes de carater pragmatico que inibem a expressao do pensamento na cena original. Alem disso, as expressoes deiticas, por vezes, fornecem pistas para o ouvinte da pseudoautocitacao estabelecer a interpretacao adequada.
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