Isolamento de Trypanosoma cruzi por xenocultura após aplicaçäo de xenodiagnóstico In Vivo e/ou In Vitro em pacientes na fase crônica da doença de Chagas e na co-infecçäo pelo HIV

1998 
Neste estudo objetivou-se avaliar a viabilidade da utilizacao da xenocultura como tecnica para o isolamento de amostras de Trypanossoma cruzi a partir do trato intestinal de Triatoma infestans. Foram realizadas xenoculturas a partir de xenodiagnosticos aplicados em 78 pacientes, procedentes de diferentes regioes do Brasil, todos em fase cronica da doenca de Chagas, sendo 32 co-infectados pelo HIV. Foram aplicados no total 101 xenodiagnosticos, executados in vivo/ou in vitro com 30-40 ninfas de T. infestans entre 3§ e 4§ estadios de desenvolvimento. Ao final dos exames dos xenodiagnosticos, aos 30 e 60 dias, o trato digestivo de um numero variavel de triatomineos de cada exame foi semeado, individualmente, apos tratamento com alcool iodado, em meios bifasicos de Ducrey com LIT ou BHI (com gentamicina). As culturas foram examinadas quizenalmente ate 3 meses e, as amostras isoladas estao preservadas em nitrogenio liquido. Dos 101 xenodiagnosticos aplicados, 73 (72,3 por cento) foram positivos, correspondendo a 57 (73,1 por cento) dos 78 pacientes. Em 51 (89,5 por cento) dos 57 pacientes (26 co-infectados e 31 em fase cronica da doenca de Chagas) com xenodiagnostico positivo, o isolamento do parasita foi viabilizado pela utilizazcao da xenocultura. O isolamento de T. cruzi foi da ordem de (96,2 por cento) (25/26) entre os pacientes co-infectados e (83,9 por cento) (26/31) entre aqueles soronegativos para HIV. De 461 barbeiros positivos aos exames do xenodiagnostico in vivo ou in vitro, foi possivel o isolamento de 250 (54,2 por cento) amostras de T. cruzi. De 181 insetos reconhecidos como negativos nos xenodiagnosticos positivos, foi consedido o isolamento de 25 (13,8 por cento) amostras do parasita. Mesmo entre 22 ninfas mortas, para as quais nem houvera sido possivel o exame, por compressao do abdomen, no xenodiagnostico, a xenocultura viabilizou o isolamento de mais 2 (9,1 por cento) amostras de T. cruzi. Em nenhum xenodiagnostico reconhecido como negativo foi obtido exito para o isolamento deste protozoario. Foi observada uma perda de cerca de (5 por cento) das xenoculturas por contaminacao bacteriana ou fungica. Verificou-se, ainda, uma aparente melhor adaptacao de formas delgadas do parasita nos meios de cultivo. Alem de possibilitar o isolamento de T. cruzi
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