EFEITOS DE DOIS CIRCUITOS DIFERENTES DE CROSS TRAINING NA QUALIDADE DE MOVIMENTO

2016 
INTRODUCAO: Atualmente o treinamento funcional e considerado um metodo eficaz para melhorar a qualidade do movimento, afetando positivamente padroes diarios funcionais. Essa melhora esta relacionada com o desenvolvimento de acoes funcionais como puxar, empurrar, agachar e transportar, que estao presentes nas atividades da vida diaria (AVD´s). Uma das formas de realizar o treinamento funcional, e utilizar o metodo Cross Training que consiste em treinar acoes funcionais e variaveis condicionantes como forca muscular, potencia muscular, velocidade e agilidade. Tudo isso realizado em uma unica sessao de treino de maneira intermitente e em alta intensidade. Com o intuito de otimizar o tempo de pratica o treinamento e realizado em circuito, devido a sua praticidade e dinâmica de aplicacao. Entretanto nao sao conhecidos na literatura cientifica os possiveis efeitos ocasionados pela alteracao na organizacao dos exercicios de um circuito de treinamento funcional sobre a qualidade de movimento. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de dois modelos de circuito da modalidade Cross Training na qualidade de movimento em jovens-adultos. METODOLOGIA: A amostra foi composta por 37 individuos, com idade entre 19 e 35 anos, divididos aleatoriamente em Circuito Tradicional (CT=18) e Circuito Modificado (CM=19), que realizaram 24 sessoes de treinamento, com uma frequencia de duas vezes por semana, com duracao de 50 minutos por sessao. O treinamento foi dividido em: a) mobilidade articular e coordenacao: mobilidade das principais articulacoes do corpo e coordenativos para a macha (15 minutos); b) neuromucular 1: Realizacao de padroes funcionais com potencia, velocidade e agilidade (12 minutos); c) neuromuscular 2: Realizacao de padroes funcionais com uma maior resistencia externa, tendo como objetivo o desenvolvimento de forca muscular (12 minutos); cardiometabolica- aplicacao de high-intensity interval training, (10 minutos): Os circuitos neuromusculares 1 e 2 foram compostos por seis estacoes, realizando-se duas series de cada circuito. Ambos grupos experimentais seguiam o mesmo treinamento com excecao dos circuitos 1(b) e 2(c). O grupo CT executava o circuito tradicional, alternando as acoes motoras em cada estacao (i.e.: puxar-empurrar-agachar-transportar-puxar-empurrar) e o grupo CM tinha a ordem dos exercicios alterada de forma que o mesmo grupamento muscular ou acao motora fosse repetida duas vezes, de forma consecutiva antes da proxima acao motora (i.e.: puxar-puxar,x2/empurrar-empurrar,x2/agachar-agachar,x2). Para avaliar a qualidade de movimento foi utilizado o Functional Movement Screen®. Os dados foram expressos em media e desvio padrao. Uma ANOVA 2x2 foi realizada, com post-hoc de Bonferroni para analise da diferenca inter e intra grupo nos distintos momentos, adotando p ≤ 0,05 e tamanho do efeito (ES). RESULTADOS: Ambos grupos apresentaram melhoras significativas de pre para pos na qualidade de movimento (CT, pre= 13,2 ± 1,5; pos= 14,3 ± 1,8; p≤ 0,008; ES= 0,7 ) e (CM, pre= 14 ± 1,6; pos= 15,1 ± 1,1; p≤ 0,002; ES= 0,73). Nao houve diferencas estatisticamente significativas entre os dois tipos de circuito (p= 0,6). CONCLUSAO: Diante das condicoes analisadas, os dois tipos de circuito aplicados no metodo Cross Training se mostraram igualmente eficientes na melhora da qualidade de movimento de jovens adultos.
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