Anatomia do tubo digestivo de Salminus brasiliensis (Cuvier, 1817) (Pisces, Characidae, Salmininae)

2008 
O tubo digestivo de Salminus brasiliensis (dourado) mostra adaptacoes anatomicas ao habito alimentar carnivoro, ictiofago: esofago e estomago, em especial a regiao cecal, apresentam-se consideravelmente distensiveis e o intestino relativamente curto. A grande distensibilidade da parede do intestino anterior deve-se, principalmente, ao padrao da mucosa, que apresenta pregas longitudinais. No intestino anterior, a conducao do alimento e facilitada pelo padrao longitudinal das pregas da mucosa. No esofago e na regiao pilorica, relacionados com a propulsao do alimento para o orgao seguinte, a tunica muscular e mais desenvolvida do que no restante do tubo digestivo. O esfincter pilorico regula o fluxo do alimento para o intestino medio. Em funcao do padrao da mucosa dos intestinos medio e posterior, em rede, o material em processamento pode perma- necer neles retido por um periodo maior. A area efetiva de absorcao intestinal e ampliada em funcao da estrutura tubular do intestino medio, das pregas da mucosa e dos cecos piloricos. O tubo digestivo de S. brasiliensis assemelha-se em estrutura ao de outros Salmininae e ao da maioria dos Characiformes ictiofagos como Acestrorhynchus britskii e A. lacustris, embora nestes dois seja encontrada a valva ileorretal; e difere do tubo digestivo de Hoplias malabarius e H. lacerdae, em que o esofago tem calibre variavel, o estomago possui a cardica mais ampla e o arranjo intestinal e diferente de “N”, alem da presenca da valva ileorretal.
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