LIMIAR DE ELETROESTIMULAÇÃO: INVESTIGAÇÃO DA INFLUÊNCIA DE POTENCIALIZAÇÃO PÓS-ATIVAÇÃO PARA MUSCULATURA EXTENSORA DO COTOVELO

2019 
Introducao: A eletroestimulacao muscular e uma estrategia muito utilizada para analise da fadiga neuromuscular. Apesar de sua grande validade para membros inferiores, ha evidencias de que sua utilizacao em musculaturas menores, como biceps braquial e triceps braquial, pode ser enviesada pela potencializacao pos-ativacao, o que pode comprometer sua utilizacao em esportes que os membros superiores sao os principais agentes motores (e.g., natacao). Neste escopo, estudos divergem quanto a existencia e relevância deste efeito para a musculatura extensora do cotovelo. Objetivo: Verificar o efeito de uma contracao voluntaria maxima (CVM) na resposta muscular proveniente da estimulacao da estimulacao eletrica aplicada no triceps braquial. Metodologia: oito participantes foram submetidos a tres momentos de avaliacao (M1, M2 e M3), onde foram aplicados estimulos progressivos (30, 40, 50, 60, 70, 80 e 90 mA) no ventre da musculatura extensora do cotovelo em repouso. O valor de amperagem que obteve a maior evocacao de forca foi assumido como valor de referencia do limiar de estimulacao (VRlimiar). Os participantes receberam os estimulos progressivos sem potencializacao previa (M1), apos a realizacao de uma CVM (M2) e apos a realizacao de duas CVM (M3). Todas as contracoes e estimulacoes foram realizadas em uma cadeira construida especificamente para este proposito. Os valores de VRlimiar foram comparados por meio da ANOVA para medidas repetidas, seguida do pos-hoc de Tukey assumindo um nivel de significância em p < 0,05. Resultados: Em todos os momentos de aplicacao dos estimulos, o comportamento da forca evocada foi crescente, ate um ponto a partir do qual a forca comeca a diminuir. Este fenomeno esta relacionado a co-contracao do biceps braquial. Foi constatado que valores de estimulacao nas intensidades de 80 e 90 mA foram menores para L1 quando comparado a L2 e L3 (p < 0,05). Apesar dos valores de VRlimiar apresentarem uma tendencia de aumento de L1 ate L3, nao foi encontrado diferenca estatistica entre os tres momentos. Conclusao: Conclui-se que a CVM, nao altera significativamente a relacao entre a intensidade de estimulacao e a forca evocada nos musculos extensores do cotovelo. Alem disso, nao houve provas estatisticas de que o limiar de eletroestimulacao possa sofrer PP ou fadiga apos uma CVM. Aplicabilidade Pratica: Estes resultados sao complemento da instrumentacao tecnica de estimulacao muscular por meio de avaliacao da fadiga neuromuscular nos extensores do cotovelo. Diminuindo os possiveis vieses desta tecnica, podemos aplica-la no contexto pratico, o que sera de grande importância para a caracterizacao da fadiga em modalidades onde os membros superiores sao os principais agentes motores. A partir disso, podemos tracar diferentes estrategias para retardar a fadiga nestes contextos.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []