Sexualidade: percepção dos escolares do ensino fundamental 2 da rede pública de Maceió

2013 
Os adolescentes, no mundo inteiro, estao iniciando sua vida sexual cada vez mais cedo, o que os expoem em grande escala as doencas sexualmente transmissiveis (DST’s) ou a uma gravidez indesejada. O trabalho de orientacao com relacao a sexualidade deve incluir, tambem, a escola, tendo em vista que, em muitas vezes, os alunos nao tem acesso ao tema na convivencia familiar. O presente trabalho foi executado durante o desenvolvimento da disciplina de Saude na Escola e na Comunidade, do setor de Parasitologia e Patologia do ICBS – UFAL, que previa o planejamento e intervencao de um projeto de educacao em saude a ser aplicado em escolas publicas. A escolha da escola nao foi de uma forma aleatoria, visto que em paralelo estavam sendo executadas as atividades de Estagio Supervisionado Obrigatorio, do setor de Praticas Pedagogicas do ICBS – UFAL para o curso de licenciatura em Ciencias Biologicas. A abordagem foi qualitativa e quantitativa. O trabalho foi realizado com 135 adolescentes, na faixa etaria entre 10 e 18 anos, estudantes de 4 turmas diferentes, abrangendo todas as series do ensino fundamental 2. As turmas de sexto e setimo anos pertenciam a Escola Estadual Prof. Jose Maria Correia das Neves, situada no bairro do Prado, e as turmas de oitavo e nono anos foram na Escola Estadual Prof. Sebastiao da Hora, situada no bairro da Pitanguinha, ambas em Maceio. Foram ministradas duas palestras em dias diferentes: a primeira com o tema “Adolescencia e Sexualidade”; e a segunda “DST’s e principais metodos contraceptivos”. Antes e apos as palestras, foram realizadas atividades como jogos, oficinas e um questionario sobre a tematica abordada. O trabalho nao necessitou de avaliacao por um Comite de Etica, tendo em vista que as informacoes referentes as individualidades dos sujeitos, como sexo, idade e faixa etaria nao foram coletadas, sendo todas as atividades desenvolvidas anonimamente. A avaliacao qualitativa mostrou uma participacao ativa dos escolares trabalhados em todas as atividades propostas, com maior participacao nas oficinas que envolviam jogos. Dos 135 escolares que participaram das atividades, 80 (59,3%) entregaram o questionario respondido. Com relacao a avaliacao quantitativa, que diagnosticou o nivel de conhecimento sobre alguns aspectos do tema sexualidade, nos escolares que responderam e entregaram os questionarios, 54 %, 87% e 97%, ja haviam participado de aula de educacao sexual, sabiam o que eram DST’s e achavam importante o uso de preservativos, respectivamente. 58% sabiam o que era exame de papanicolau e 91% achavam importante exames preventivos. 51% sabiam o que era HPV e 59% citaram HIV como a DST mais importante Estes dados indicam que, de uma forma geral, a informacao existe, mesmo sendo verificados indices significativos de gravidez na adolescencia ou de contaminacao por DSTs nos adolescentes em nosso pais (BRASIL, 1999). Diversos autores citam indices baixos de adocao de praticas sexuais seguras entre adolescentes, apesar dos indices elevados de conhecimento. Este diagnostico verificado em nosso meio, vem reforcar este pensamento.
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