Educação antirracista: um convite à insubordinação criativa

2021 
O ato de oposicao ao status quo, ou ao estado das coisas, pode ser considerado uma posicao insubordinada. No que se refere a educacao basica brasileira, os modelos e praticas estiveram entrelacados por muito tempo aos parâmetros eurocentricos e a uma historiografia segundo a versao do colonizador. Foi preciso que os movimentos sociais lutassem e pressionassem para que leis fossem criadas a fim de que as escolas inserissem nos curriculos a contribuicao da historia e cultura afro-brasileira e indigena na formacao da sociedade brasileira, ate entao negada e desconhecida por grande parte dos estudantes. Este trabalho apresenta, inicialmente, reflexoes quanto a necessidade urgente de praticas educativas que contemplem a luta antirracista, tracando de forma historica a insercao dos negros no sistema educacional brasileiro como um ato em si insubordinado, que rompe com as aspiracoes sociais e politicas no decorrer da Historia e, ainda, aponta para a relevância do docente que, inserido na luta pela educacao democratica e antirracista, visando a qualidade de vida e de aprendizagem dos educandos, rompe com os padroes eurocentricos enraizados no sistema educacional brasileiro e de forma etica se apresenta insubordinado criativo, correspondendo ao convite que se estabelece no cotidiano de sua pratica e encontra nas diretrizes e referenciais em torno das relacoes etnicoraciais, ferramentas a favor do fazer docente. Tendo como base metodologica a pesquisa bibliografica, serao conceituados os termos relacionados a educacao antirracista e insubordinacao criativa a partir de autores como Kabenguele Munanga, Nilma Lino Gomes, Lia Vainer, Beatriz D’Ambrosio e Celi Lopes.
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