Progresso da ferrugem (Hemileia vastatrix Berk. & Br.) do cafeeiro (Coffea arábica L.) em diferentes altitudes.

2019 
Este trabalho teve por objetivo estudar a influencia da altitude no progresso da ferrugem do cafeeiro. Para tal, foram escolhidas lavouras em 1998 com alta carga pendente de frutos, pertencente ao cultivar Catuai Vermelho, no espacamento de 2,8 m x 0,7 m, na regiao da Zona da Mata de Minas Gerais. As lavouras situaram nas altitudes variando de 600 m a 1275 m. Em cada altitude foram marcadas cinco lotes de plantas onde retiraram-se folhas do terco inferior mensalmente para determinacao da incidencia e severidade da ferrugem do cafeeiro. Observando as curvas de progresso da ferrugem do cafeeiro nas diferentes altitudes, por meio de regressao linear dos picos de incidencia de H. vastatrix, verificou-se uma intensidade de doenca menos severa, nas lavouras de cafe plantadas em altitudes mais elevadas, principalmente aquelas acima de 1000 m. A explicacao para este fato e que, a medida que a altitude eleva-se de 600 m para 1275 m ha um decrescimo correspondente na temperatura e maior intensidade de vento; desta maneira, o periodo de molhamento foliar e menor do que em altitudes inferiores a 1000 m. Assim, nao so a incidencia da ferrugem foi menor mas tambem a severidade da doenca ( numero de pustulas por folha). O pico de ferrugem nos anos de 1998 a 2000 foi obtido de julho a outubro de acordo com a altitude. Quanto maior a altitude mais o pico da doenca tendeu a se deslocar para os meses de setembro a outubro. A maior incidencia da ferrugem ocorreu na altitude de 850 m e a menor a 1275 m, com incidencia de no maximo 40 % de doenca. Devido a estes resultados, as estrategias de controle da ferrugem devem ser diferenciadas nao so de acordo com a temperatura, chuva, molhamento foliar e umidade relativa, mas tambem a altitude onde a lavoura esta implantada.
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