PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NO PIAUÍ

2016 
Objetivo: Descrever o perfil epidemiologico de casos notificados de sifilis congenita (SC) no Piaui, no periodo de 2009 a 2013. Metodologia: Trata-se de um estudo  descritivo do tipo seccional. Utilizou-se os dados do Sistema de Informacao de  agravos de notificacao (SINAN) e Sistema de informacao sobre nascidos vivos (SINASC), disponiveis no Departamento de Informatica do SUS (DATASUS), tabulados pelo TABNET. Resultados: No periodo avaliado, verificou-se 360 casos notificados de SC. Observou-se uma tendencia crescente no numero de casos notificados, com maior coeficiente de incidencia registrado no ano de 2013 (CI=3,5casos/1.000NV), ano em que houve maior coeficiente de mortalidade pelo agravo (CM=0,06/100.000hab.). A letalidade pela doenca apresentou-se variavel, tendo sido maior em 2011 (2,6%). Do total de casos notificados, 93,6% tiveram registro da evolucao clinica do paciente. Destes, 92,9% permaneceram vivos ate a notificacao, 0,9% foram a obito pelo agravo e 0,9% morreram por outras causas; 5,3% das fichas tiveram, esse campo ignorado. Observou-se que em 80,8% dos casos de SC notificados, a mae/gestante realizou acompanhamento pre-natal e 41,9% tiveram o diagnostico da doenca durante o pre-natal, em apenas 24,4% houve o tratamento do parceiro da gestante. Quanto aos dados demograficos do recem-nascido, houve predominio do sexo feminino e raca/cor parda. Considerando a faixa etaria, escolaridade e UF de residencia da gestante, a maior concentracao de casos foi em maes entre 20 e 34 anos e com menos 8 anos de escolaridade. 90% sao residentes do estado do Piaui, na zona Urbana (79,2%). Consideracoes finais: Apesar dos esforcos governamentais e da formulacao e implementacao de politicas publicas direcionadas ao controle da sifilis congenita, a taxa de incidencia apresentou valores crescentes entre os anos de estudo, com numeros muito superiores a meta estabelecida para a eliminacao da doenca, demonstrando que a enfermidade ainda esta fora de controle no Estado do Piaui. Este estudo aponta para necessidade de melhoria na qualidade da assistencia pre-natal quanto a promocao da saude e prevencao, diagnostico e tratamento adequado da sifilis, especialmente para gestantes adultas jovens de baixa escolaridade e sujeitas a  ambiente socioeconomico de risco de adoecimento, com formulacao de estrategias eficazes para adesao ao tratamento de seus parceiros.
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