Técnica de restauração ecológica aplicada à área de preservação permanente no sul do Mato Grosso do Sul

2015 
Ao longo dos anos, a pecuaria, as culturas agricolas e demais atividades antropicas exerceram forte pressao ao meio ambiente, se estabelecendo de forma inadequada e desrespeitando areas que legalmente eram para ser protegidas, como as areas de preservacao permanente. Por esta razao, a cobertura florestal do Mato Grosso do Sul tem sido alvo de degradacao, implicando na fragmentacao de habitats e afetando diretamente no fornecimento dos servicos ecossistemicos. Em vista do atual quadro, torna-se necessaria a restauracao dessas areas, aplicando tecnicas de restauracao ecologica, visando o resgate dos processos ecologicos. O objetivo do capitulo foi avaliar o desenvolvimento e a sobrevivencia de especies arboreas de diferentes estagios sucessionais sob diferentes condicoes a campo e verificar sua viabilidade mensurando o custo da tecnica aplicada. O plantio foi realizado na area de preservacao permanente da Fazenda Experimental da UFGD-MS, em linhas de preenchimento e diversidade, com 12 especies diferentes, em 3 tratamentos: Controle, Hidrogel, e Irrigacao por gotejamento, com 8 repeticoes por especie em cada tratamento, constituindo-se em um delineamento inteiramente casualizado (DIC) no esquema fatorial 3x9 com parcelas subdivididas no tempo. As especies utilizadas para a linha preenchimento 1 foram: Peltophorum dubium (Spreng.) Taub., Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong, Pterogyne nitens Tul. e Guazuma ulmifolia Lam., para a linha diversidade foram: Eugenia uniflora L., Myracrodruon urundeuva Allemao, Eugenia pyriformis Cambess. e Calophyllum brasiliense Cambess., para a linha preenchimento 2 as especies foram Tabernaemontana fuchsiifolia (A.DC.), Phytolacca dioica L., Schinus terebinthifolius Raddi e Amburana cearensis A. C. Smith. A sobrevivencia, cobertura de copa e incremento medio da altura e diâmetro foram avaliados aos 365 dias. A altura e o diâmetro foram aferidos a 0, 45, 90, 135, 180, 225, 270, 315 e 365 dias. Foi realizada a analise de variância (ANOVA) e o contraste de medias entre os diferentes tratamentos pelo teste de Tukey (p<0,05). O levantamento de custos foi mensurado considerando os gastos obtidos com materiais, mao-de-obra e manutencao. Conforme consta no capitulo 1, quanto a sobrevivencia algumas especies foram favorecidas com o gotejamento, e outras foram prejudicadas com a utilizacao do hidrogel. Quanto ao incremento medio da altura e diâmetro total, as unicas especies que obtiveram resultados significativos apos um ano foram G. ulmifolia, P. nitens, favorecidas pelo hidrogel, e E. pyriformis e S. Terebinthifolius, prejudicadas por ele. Para a altura media, a unica especie em que e possivel afirmar que o gotejamento favoreceu o desenvolvimento e S. Terebinthifolius. De modo geral para todos os parâmetros avaliados, P. dubium, G. ulmifolia, E. contortisiliquum, S. terebinthifolius, E. uniflora, E. pyriformis e M. urundeuva obtiveram bons resultados independente da tecnica aplicada. Portanto, tendo em vista o alto custo do gotejamento, o tratamento controle possui o melhor custo-beneficio, principalmente quando se considera a implantacao desse tipo de tecnica em grande escala.
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