Biomarcadores de lesão microvascular, de dislipidemia e micropartículas plaquetárias em idosos com e sem comprometimento cognitivo

2012 
A doenca de Alzheimer (DA) e uma doenca multifatorial e o diagnostico e exclusivamente clinico, sendo crucial para o diagnostico precoce a descoberta de um biomarcador especifico, sensivel e confiavel. Considerando as poucas alternativas terapeuticas, a identificacao de individuos com alto risco de evoluirem para demencia assume grande importância. Estudos recentes indicam que a avaliacao do dano microvascular cerebral poderia fornecer um instrumento sensivel para deteccao precoce da DA. Adicionalmente, a patologia microvascular pode ser um alvo importante de intervencao terapeutica especifica e, uma vez detectada por biomarcadores, a avaliacao desses seria de grande importância para auxiliar no diagnostico e avaliar a progressao da doenca, bem como a resposta terapeutica. O presente estudo teve como objetivo avaliar potenciais biomarcadores, com enfoque naqueles especificos para alteracoes microvasculares, plaquetarias e dislipidemicas, em idosos com Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) ou com DA, e em idosos sem alteracoes cognitivas (controles), visando contribuir para ampliar o conhecimento atual sobre a DA. Alem da avaliacao de alguns biomarcadores, foram incluidos neste estudo dados clinicos e epidemiologicos dos participantes. Em amostras de sangue de um total de 177 individuos, incluindo aqueles com DA (n=59), CCL (n=59), e idosos sem alteracoes cognitivas (n=59), foram determinados os seguintes parâmetros: (1) molecula de adesao intercelular-1 (ICAM-1); (2) homocisteina; (3) microparticulas plaquetarias (MPPs); (4) perfil lipidico convencional e nao convencional e (5) genotipagem da apolipoproteina E. A analise conjunta dos dados obtidos no presente estudo permitiu concluir que a elevacao dos niveis plasmaticos de ICAM-1, um biomarcador de lesao microvascular parece estar associado ao desenvolvimento da DA. Alem do mais, a frequencia do alelo 4 se mostrou desproporcionalmente elevada em pacientes com DA e CCL em comparacao ao grupo de idosos sem demencia. E, em consonância com estudos anteriores, a simples presenca do alelo 4 da Apo E nao e suficiente para o desenvolvimento da DA, o qual apenas aumenta o risco de DA, indicando que existem outros fatores ambientais e geneticos importantes no desenvolvimento da mesma. Os individuos do grupo controle, apresentaram os niveis de HDLc, significativamente maiores quando comparado aos individuos dos grupos DA e CCL. Com relacao aos parâmetros apolipoproteicos dos tres grupos, os niveis de Apo B foram significativamente mais elevados no grupo CCL em comparacao aos grupos controle e DA. Finalmente, os niveis plasmaticos de homocisteina e de microparticulas plaquetarias no grupo com DA nao se mostraram significativamente diferentes quando comparados aos niveis observados para os grupos controle e CCL.
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