Toxinas paralisantes em mexilhão Perna perna em áreas de cultivo da costa sul do Brasil: estudo de caso

2009 
Santa Catarina e responsavel por aproximadamente 93% da producao de mexilhoes (Perna perna) e ostras (Crassostrea gigas) cultivados no pais. Embora possuam grande valor nutricional, eventualmente podem representar risco para a saude do consumidor quando contaminados por agentes toxicos, como por exemplo, toxinas produzidas por algas, ou ficotoxinas. Algumas ficotoxinas nocivas aos seres humanos tem como vetores os moluscos filtradores que podem acumular essas substâncias nos tecidos quando especies de microalgas produtoras de toxinas estao presentes na agua. A saxitoxina, produzida por alguns dinoflagelados, provoca a Sindrome do Envenenamento Paralisante pelo consumo de Moluscos, do ingles, Paralytic Shellfish Poison - PSP, que e um serio problema para a aquicultura. Este estudo descreve a contaminacao de mexilhoes Perna perna por ficotoxinas da PSP com origem na ocorrencia da microalga Gymnodinium catenatum em aguas marinhas do litoral norte de Santa Catarina nos meses de abril e maio de 2006. Foram coletadas 22 amostras de agua do mar e mexilhoes em 10 pontos do litoral abrangendo 175Km da costa do Estado. As analises envolveram contagem de algas nocivas na agua por microscopia optica e a quantificacao de ficotoxinas da PSP na carne de mexilhoes atraves de bioensaios com camundongos e de cromatografia liquida de alta eficiencia - HPLC. Os resultados comprovam a ocorrencia, em baixas concentracoes, destas ficotoxinas na carne de mexilhoes cultivados e mostram a necessidade da inclusao desses contaminantes como parâmetro para a certificacao da qualidade de moluscos bivalves destinados ao consumo humano.
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