IMPACTO DOS FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR SOBRE OS ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS NA CIDADE DE FORTALEZA – CE.

As doencas cardiovasculares (DCVs) constituem uma das principais causas de mortalidade no Brasil. O risco cardiovascular (RCV) e multifatorial, avaliado com base na analise conjunta de caracteristicas individuais que podem contribuir com uma maior chance do individuo vir a desenvolver essas doencas. Atualmente, Indices antropometricos (circunferencia da cintura (CC), relacao cintura-quadril (RCQ) e IMC) tem sido amplamente utilizados em estudos, pois, a adiposidade abdominal tem sido considerada um dos melhores preditores de DCVs. Dessa forma, o objetivo do estudo e correlacionar fatores de RCV a indices antropometricos observados. Realizou-se avaliacao clinica e laboratorial de 100 pacientes, atraves da dosagem dos seus parâmetros glicolipidicos, aplicacao de formularios, medicao dos indices antropometricos com fita metrica e realizacao de bioimpedância. Foram analisados fatores de RCV como o historico familiar de DCVs em parentes de primeiro grau, idade (>55 anos, mulheres e >45, homens), uso de anti-hipertensivo, colesterol total >200 mg/dL, HDL 160 mg/mL., assim como os indices antropometricos (peso, altura, CC, porcentagem de massa gorda corporal e indice de massa corporea). A analise dos dados foi feita por ANOVA com pos-teste Tukey utilizando o programa GraphPad Prism®, adotando como criterio de significância P<0,05. As correlacoes demonstraram que individuos com porcentagem de massa gorda elevada tem seus parâmetros glicolipidicos tambem elevados em relacao aos que tem porcentagem de massa gorda na faixa do ideal; individuos com IMC maior que o esperado tambem apresentam maior concentracao de gordura abdominal; individuos obesos apresentaram elevacao dos perfis glicolipidicos em relacao aos individuos de peso normal e pre-obesos. Concluindo-se que estes fatores refletem tambem em alteracoes dos indices antropometricos dos individuos, tornando-os ainda mais propensos ao desenvolvimento de DCVs.