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Apendicite aguda na gestação

2018 
Resumo Objetivo: Analisar as caracteristicas clinico-cirurgicas e complicacoes materno-fetais das pacientes com apendicite aguda na gestacao. Material e Metodos: Foram analisados dez casos em um periodo de nove anos, de gestantes entre 19 e 31 anos (media 25 anos) com apendicite aguda submetidas a apendicectomia no Departamento de Cirurgia do Hospital Central da Irmandade da Santa Casa de Misericordia de Sao Paulo (HC-ISCMSP), cujos dados foram obtidos a partir do levantamento de prontuarios do arquivo medico do hospital. Quatro gestantes encontravam-se no primeiro trimestre de gestacao, tres no segundo e tres no terceiro trimestre. Resultados: A evolucao materna foi favoravel em seis casos (60%), sendo que a complicacao mais frequente das laparotomias foi a infeccao de ferida operatoria (50%), ocorrendo um caso de broncopneumonia (25%), um caso de sepse (25%), um caso de colecao intracavitaria (25%) e um caso de ileo adinâmico (25%). Houve tres casos de perfuracao apendicular. Nao houve morte materna. Em oito casos (80%) as gestacoes prosseguiram normalmente, sem danos ao feto; em um dos casos em que houve perfuracao (10%) ocorreu abortamento no 10o dia pos-operatorio, e em outro caso de perfuracao (10%), houve parto prematuro. O tempo de internacao variou de 2 a 19 dias, com media de 10,5 dias, com tempo de internacao superior para as mulheres com quadros complicados. O diagnostico histopatologico foi confirmado em todos os casos. Discussao: Na casuistica apresentada, tres pacientes evoluiram com perfuracao: exatamente as que chegaram ao hospital com historia clinica com mais de 24 horas de evolucao, fato que condiz com a literatura. Tambem foi mais prolongado o tempo de internacao destas mulheres em relacao aquelas com intervencao cirurgica mais precoce, ressaltando a importância do diagnostico e intervencao precoces para o bem estar do binomio materno-fetal. Duas das tres pacientes que se encontravam no terceiro trimestre tiveram quadros de perfuracao apendicular, confirmando os dados da literatura que afirmam ser o diagnostico de apendicite aguda mais dificil nesta epoca devido as modificacoes anatomicas provocadas pelo crescimento uterino, que desloca o apendice para cima e para o lado e dificulta o bloqueio do processo inflamatorio pelo omento. O ultra-som foi sugestivo de apendicite aguda em apenas tres casos, sendo que em um caso nao mostrou alteracoes frente a um achado de perfuracao apendicular com liquido livre na cavidade. O hemograma mostrou leucocitose em apenas 50% dos casos, com a propedeutica clinica mostrando-se superior na maioria dos casos. Conclusao: Nossa casuistica confirma o que ha na literatura a respeito das gestantes no terceiro trimestre de gravidez: devido ao atraso na manifestacao dos sintomas, decorrente da propria idade gestacional, as complicacoes foram mais prevalentes que nas mulheres com idades gestacionais mais precoces. Nestas, a intervencao cirurgica foi mais precoce, minimizando complicacoes. Descritores: Apendicite, Gravidez, Abdome agudo, Estudos retrospectivos
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