Comparação entre os implantes dentários e implantes ortopédicos
2017
Objetivo: revisar as semelhancas e diferencas entre os implantes dentarios osseointegraveis e os implantes ortopedicos. Material e metodos: apesar da escassez de dados, foram construidos quatro topicos: 1) materiais dos implantes osseointegraveis e ortopedicos; 2) tecnicas cirurgicas na Odontologia e na Ortopedia; 3) possiveis causas e efeitos do aquecimento; e 4) analise do insucesso dos implantes nas duas areas. Resultados: 1) nenhum dos biomateriais metalicos usados na Ortopedia apresenta osseointegracao conforme o conceito atualmente usado na Odontologia e, sob alto carregamento, estas ligas estao submetidas ao stress shielding em funcao do seu modulo de elasticidade ser muito acima do osso; 2) na Implantodontia, a estabilidade primaria e fundamental e os procedimentos sao mais delicados, enquanto na Ortopedia os implantes sao cimentados (estabilizados) e os procedimentos ortopedicos sao mais agressivos, estando entre os maiores indices de perdas advindas de complicacoes pos-cirurgicas; 3) as condicoes de realizacao da cirurgia para insercao de implantes ortopedicos sao mais criticas em relacao aos dentarios, devido ao maior volume de osso que e removido, maiores dimensoes da protese, menor vascularizacao do local e ausencia de irrigacao do meio durante a cirurgia, com temperaturas medias (70oC) acima do que se observa na Implantodontia odontologica (43oC); 4) a propensao ao insucesso nos implantes ortopedicos parece maior pela chance de carregamento 3-5 vezes maior em areas corporais (quadril e joelho) que sustentam o peso do corpo. Conclusao: melhorias continuas nos materiais, procedimentos e treinamento fornecerao taxa menor de reposicao de implantes dentarios e, especialmente, dos implantes ortopedicos. Objective: to review the similarities and differences between osseointegrated dental and orthopedic implants. Material and methods: besides data paucity, four topics were created: 1) materials for osseointegrated and orthopedic implants; 2) surgical techniques in Dentistry and Orthopedics; 3) possible causes and effects of heating; and 4) failures analyses in both areas. Results: 1) none of the metallic biomaterials for Orthopedics present osseointegration according to the concept developed for dentistry and, under high loading, alloys are subjected to stress shielding due to their elastic moduli being higher than the bone; 2) for implant dentistry, primary stability is fundamental and the procedures are more delicate, whereas in Orthopedics the implants are cemented (stabilized) and the procedures have a more aggressive nature, within the highest levels of post-surgical complications; 3) surgical conditions for Orthopedics are more critical than in the dental field, due to a greater bone volume, prosthesis size, less local vascularization and lack of irrigation, with mean temperatures (70oC) well-above compared to the implant dentistry (43oC); 4) the failure of orthopedic implants seems higher due to the 3-5 times chance of loading at corporal bearing structures (hips and knees). Conclusion: continuous improvement on materials, procedures, and training will provide less replacement rates for dental implants and specially for orthopedic devices.
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