A transmissão ao vivo de campeonatos de surfe pela internet: padrões televisivos, inovação e questões para a história do esporte

2020 
As transmissoes esportivas ao vivo por meio da radiodifusao publica (televisao aberta e radio) tem sido um objeto negligenciado pelos estudos historicos do esporte. Neste trabalho, abordamos uma modalidade esportiva que rarissimamente foi transmitida por televisao e radio, mas que, nos ultimos 15 anos, passou a ser transmitida por meio da internet: o surfe. O artigo encontra-se dividido em tres partes. A primeira trata do ao vivo , caracteristica historicamente relevante da televisao; das articulacoes entre o ao vivo e a imediaticidade do ao vivo esportivo; e abordamos a convergencia tecnologica e as transmissoes ao vivo por streaming. Na segunda parte, discutimos caracteristicas do surfe e das competicoes desta modalidade que, historicamente, a tornam um desafio para as transmissoes televisivas ao vivo; e descrevemos a plataforma/aplicativo da World Surf League e seu funcionamento tecnico. Por fim, examinamos o corpus transmissao da bateria final do Corona Open J-Bay 2017, etapa do Circuito Mundial masculino de surfe. A descricao e analise incluem praticas adotadas na transmissao e dados do aparato audiovisual e do esforco tecnologico mobilizados pela plataforma WSL. Entre os nossos objetivos esta compreender como os padroes classicos da transmissao esportiva televisiva ao vivo dialogam com as praticas de exibicao de campeonatos de surfe online. Para tanto, utilizamos uma bibliografia que inclui estudos historicos do esporte e discussoes em em torno das possibilidades de espectatorialidade propiciadas pela tecnologia streaming e dos aspectos consolidados no lexico de transmissao esportiva teorizados por Garry Whannel.
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