Tratamento cirúrgico de fraturas Le Fort I e Le Fort II em vítima de trauma por acidente motociclístico: relato de caso

2020 
O terco medio da face e funcional e esteticamente importante. De acordo com a classificacao Le Fort, existem tres niveis mais fracos desta regiao da face quando traumatizados a partir de uma direcao frontal, sendo que os acidentes motociclisticos, atualmente, correspondem a causa de aproximadamente 29% destes traumas. O presente trabalho tem como objetivo relatar um caso clinico de tratamento cirurgico de fraturas do tipo Le Fort I e Le Fort II em um paciente de 29 anos de idade, sexo masculino, vitima de acidente motociclistico, atendido no Hospital de Emergencia e Trauma Senador Humberto Lucena (Joao Pessoa – PB). Ao exame fisico observou-se mobilidade de maxila, degrau palpavel em pilar zigomatico e pilar canino, alteracao oclusal com leve mordida aberta e degrau em rebordo infraorbitario direito, entretanto o paciente nao apresentava nenhuma alteracao ocular. Foi solicitada tomografia computadorizada como exame complementar para confirmacao do diagnostico e planejamento cirurgico, o qual se deu como fratura Le Fort I e Le Fort II no lado direito. O paciente foi submetido a cirurgia sob anestesia geral para fixacao dos pilares zigomatico e canino atraves do acesso vestibular maxilar e rebordo infraorbitario atraves do acesso subciliar. Inicialmente foi feito o bloqueio maxilo – mandibular para a utilizacao da oclusao como ponto de referencia, seguido da reducao das fraturas e fixacao com placas e parafusos do sistema 2.0. Sob acompanhamento pos – operatorio o paciente apresentou retorno da oclusao dentro dos padroes de normalidade, recuperou a projecao da regiao zigomatica fraturada e entao recebeu alta. Descritores: Fraturas Osseas; Fixacao de Fratura; Traumatismos Faciais. Referencias Organizacao das Nacoes Unidas no Brasil. Traumas matam mais que malaria, tuberculose e AIDS, alerta OMS. Disponivel em: . Acesso em: 22 julho 2019 Ansari MH. Maxillofacial fractures in Hamedan province, Iran: a retrospective study (1987-2001). J Craniomaxillofac Surg. 2004;32(1):28-34.  Kostakis G, Stathopoulos P, Dais P, Gkinis G, Igoumenakis D, Mezitis M, Rallis G. An epidemiologic analysis of 1,142 maxillofacial fractures and concomitant injuries. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol. 2012;114(5 Suppl):S69-73.  Li Z, Li ZB. Characteristic changes of pediatric maxillofacial fractures in China during the past 20 years. J Oral Maxillofac Surg 2008;66:2239-42. Fonseca RJ. Trauma Bucomaxilofacial 4. ed. Rio de Janeiro : Elsevier; 2015. Wulkan M, Parreira Junior JG, Botter DA. Epidemiologia do trauma facial. Rev Assoc Med Bras. 2005;51(5):290-95. Scherer M, Sullivan WG, Smith DJ Jr, Phillips LG, Robson MC. An analysis of 1,423 facial fractures in 788 patients at an urban trauma center. J Trauma. 1989;29(3):388-90.  Cohen RS, Pacios AR. Facial and cranio-facial trauma: epidemiology, experience and treatment. F Med. 1995;111(suppl):111-16. de Birolini D, Utiyama E, Steinman E. Cirurgia de Emergencia. Sao Paulo: Atheneu; 1997. Tessier P. The classic reprint: experimental study of fractures of the upper jaw. 3. Rene Le Fort, M.D., Lille, France. Plast Reconstr Surg. 1972;50(6):600-7.  Buehler JA, Tannyhill RJ 3rd. Complications in the treatment of midfacial fractures. Oral Maxillofac Surg Clin North Am. 2003;15(2):195-212. Manson PN, Clark N, Robertson B, Slezak S, Wheatly M, Vander Kolk C, Iliff N. Subunit principles in midface fractures: the importance of sagittal buttresses, soft-tissue reductions, and sequencing treatment of segmental fractures. Plast Reconstr Surg. 1999;103(4):1287-306; Carr RM, Mathog RH. Early and delayed repair of orbitozygomatic complex fractures. J Oral Maxillofac Surg. 1997;55(3):253-8; 258-9.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    1
    Citations
    NaN
    KQI
    []