Thel lives of Cleopatra and Octavia: a antiguidade revisitada por Sarah Fielding.
2018
A obra The Lives of Cleopatra and Octavia, de Sarah Fielding, se passa num momento de
tensoes, onde o enredo atraves de seu modelo autobiografico apresenta a realidade do seculo XVIII disfarcada de Antiguidade Classica. O trabalho se apropria de um recorte de tempo entre 1750 - 1770 e faz um apanhado do contexto historico social, politico e literario do seculo XVIII, para, a partir disso, proceder a uma analise da narrativa de Fielding em busca de elementos que comprovam a projecao da realidade da autora em seu romance. Foi-se construida entao a ponte entre a Roma de Marco Antonio e
a Inglaterra do seculo XVIII. A realizacao deste trabalho apoia-se tambem no estudo do genero romance, pois se percebe uma exclusao do feminino e das Bluestockings na critica literaria da epoca, quando a mulher ainda era vista apenas em posicao de publico consumidor, sendo esquecida a sua relevante participacao no desenvolvimento do genero romanesco em seus primordios. Aproveitando-nos do conceito aristotelico de mimese, juntamente com a ideia do externo que se torna interno de Antonio Candido, este trabalho busca encontrar relacoes entre os acontecimentos e personagens do romance e o
contexto historico da Inglaterra do seculo XVIII, mostrando a forte presenca ideologica do grupo Bluestockings – do qual a autora fez parte - a fim de enaltecer a importância da participacao feminina durante a ascensao do genero romanesco. Em outras palavras, o estudo aqui apresentado pretende demonstrar como o contexto de guerras, o contexto literario da producao e publicacao do romance, e as linhas de pensamento das Bluestockings, apesar de serem acontecimentos externos a obra, encontram-se
imiscuidas no romance de Fielding, apesar da aparente distância historica entre a Roma Antiga e o seculo XVIII.
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