Se a Lusofonia é um sonho, quem é o sonhador? De uma poética da lusofonia e de uma lusofonia poética

2015 
Aurelia Donzelli coloca a questao do sonho da lusofonia e do sujeito do sonho em Language, Ideology, and the Human: New Interventions (DONZELLI, 2012) a proposito do ensino da lingua portuguesa em Timor Leste. Necessidade pratica, a sua aprendizagem e divulgacao nao deixa de ter uma dimensao ideologica especifica que a autora considera dificultar a autonomia cultural da jovem nacao, porque o sonho da lingua e sonhado de fora para dentro. A lusofonia corre o risco de ser, assim, perspetivada como uma ideia poetica imaginada por politicos conscientes e intelectuais sonhadores. Se uma lingua pode ser imposta a nivel oficial, nao pode ser imposta como lingua do artifice, daquele que a trabalha na sua maxima expressao e retira das suas potencialidades a expressao do sonho do homem. Homem e ideias carecem de poesia e a poesia no espaco lusofono faz-se na liberdade da lingua. A lingua do sonho para os poetas lusofonos e para os seus leitores e a lingua que faz sonhar todos de diferentes formas, em diversos lugares do mundo.
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