PROPAGAÇÃO DE PORTA-ENXERTOS DE PESSEGUEIRO POR ALPORQUIA E SOBREVIVÊNCIA APÓS PLANTIO NO CAMPO

2016 
A regiao Sul do Brasil e a principal produtora de frutiferas de caroco, com destaque para o Rio Grande do Sul que apresenta a maior producao, sendo tambem o principal produtor de mudas. No que tange a producao de mudas de pessegueiro e ameixeira, ainda predomina o uso de enxertia das cultivares copa sobre porta-enxertos produzidos por sementes, obtidas nas industrias de conserva, tendo como inconveniente a alta variabilidade genetica entre seedlings . A propagacao clonal e uma alternativa desejavel e mais recomendada para a producao de porta-enxertos, uma vez que possibilita manter as caracteristicas geneticas da planta matriz. A propagacao clonal tem sido estimulada por meio de diversos trabalhos de pesquisa, porem, em nivel comercial, o uso de porta-enxertos propagados vegetativamente ainda tem sido pouco explorado no Brasil. Sendo assim, com este trabalho teve-se por objetivo verificar o potencial de multiplicacao e sobrevivencia a campo de diferentes porta-enxertos de pessegueiro [ Prunus persica (L.) Batsch], propagados de forma clonal por alporquia. O trabalho foi realizado na Frutplan Mudas Ltda e no Pomar Didatico do Centro Agropecuario da Palma, FAEM/UFPel, Capao do Leao, RS. A clonagem foi realizada em dois experimentos independentes. O experimento I, constituiu da alporquia dos porta-enxertos das cultivares Aldrighi, Tsukuba 1, Okinawa, Flordaguard e Nemaguard, que foram avaliados em duas epocas (60 e 90 dias apos realizacao da alporquia). No experimento II, realizou-se alporquia de ramos dos porta-enertos ‘Nemared’, ‘Kutoh’, ‘Nagano Wild’ e ‘GF 677’, que foram avaliados somente aos 90 dias apos realizacao da alporquia. Os ramos foram tratados com 3.000 mg L‾¹ de acido indolbutirico, no local da lesao, e postos para enraizar em dois substratos: vermiculita e uma mistura (vermiculita + Plantmax ® - 1:1). Para o experimento III foram utilizadas as plantas dos nove porta-enxertos obtidas nos experimentos I e II, que foram plantados no campo. Verificou-se que ‘Tsukuba 1’ apresentou maior porcentagem de enraizamento dos alporques, nas duas epocas de avaliacao. Quando os alporques foram removidos em outubro (90 dias), os valores de comprimento da maior raiz foram superiores aos valores obtidos em setembro (60 dias). Os substratos utilizados, influenciaram de maneira semelhante na propagacao dos porta-enxertos por alporquia. Dentre os porta-enxertos utilizados, ‘Okinawa’ e ‘Flordaguard’ destacaram-se, mostrando boa capacidade de multiplicacao (com 80 a 95% de ramos enraizados) com taxa de sobrevivencia a campo de 80%.
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