AS INTERFACES DISCURSIVAS E O ACESSO À INFORMAÇÃO: ANÁLISE DE REPORTAGENS DE CAPA A PARTIR DE INDICADORES TEXTUAIS

2018 
A forma como os fatos sao representados e um campo passivel de discussao. Os fatos sao tornados linguagem, informacoes, transmitidos em imagem, constituindo-se como discursos sobre os fenomenos. As midias se estabelecem como empresas de transmissao e producao de informacao e recorrem a determinadas estrategias e posturas interpretativas quanto a maneira de reportar e representar os fatos. Nessa perspectiva, suspeita-se que tais estrategias denotam os posicionamentos das empresas de comunicacao. Objetiva-se, portanto, investigar os posicionamentos das quatro revistas semanais de informacao geral do Brasil a partir da construcao e analise de indicadores textuais de divergencias discursivas presentes em reportagens de capa publicadas por CartaCapital, Epoca, IstoE e Veja no primeiro semestre de 2017. Os procedimentos metodologicos desta pesquisa estao divididos em duas fases: a primeira consiste na construcao de indicadores (levantamento de dados) e a segunda, na analise desses indicadores (analise de dados). A fase I abrangeu desde a construcao do corpus ate a construcao de indicadores textuais por meio da Linguistica Computacional, perspassando analises linguisitcas a nivel lexical e sintatico. A fase II, em andamento, teve inicio na pesquisa bibliografica, pautando-se na Analise de Conteudo e na Analise do Discurso para a elaboracao de um metodo analitico e pode ser chamada de Analise Semântica. Serao investigados o processo de transicao da percepcao acontecimento a noticia, as estrategias de selecao dos fatos, bem como construcao da hierarquia dos acontecimentos e suas correspondencias aos objetivos de credibilidade e de captacao. Os indicadores ja construidos permitem a visualizacao de diferentes recortes no discurso. E possivel observar divergencias relacionadas a variacao lexical e a frequencia de adjetivos e de adverbios em relacao a outras classes, indicando que uma revista apresenta uma abordagem mais subjetiva que a outra. Desta forma, a pesquisa volta-se a analises (i) quantitativa, envolvendo aspectos gramaticais presentes no texto e (ii) contextual, que engloba os sentidos. Partindo disso, a pesquisa almeja compreender se os indicadores possibilitam a verificacao de um monopolio discursivo, o que viola o direito a informacao.
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