Cysticercosis of the central nervous system: I. Surgical treatment of cerebral cysticercosis. A 23 years experience in the hospital das clínicas of Ribeirão Preto Medical School

1994 
A neurocisticercose e a paraditose mais frequente do sistema nervoso e hoje em dia e encontrada em todo o mundo. Apesar do advento de drogas anticisticero (praziquantel e albendazol), sua eficacia e comprovada apenas nos cistos ativos parenquimatosos. Alem disso, essas drogas nao previnem complicacoes como a hidrocefalia. Portanto, numero consideravel de pacientes requer intervencoes cirurgicas, geralmente paliativas, mas que excepcionalmente podem ser curativas. Foram analisadas as evolucoes clinicas de 180, pacientes com cisticercose cerebral tratados cirurgicamente no periodo de 1970 a 1993. A cirurgia foi indicada para controlar a hipertensao intracraniana (HIC) em 177 pacientes e para remover compressao local de nervos cranianos ou do tronco cerebral em 5 pacientes. Varios pacientes foram submetidos a mais de um procedimento cirurgico totalizando 287 cirurgias. A HIC intracraniana foi causada por hidrocefalia em 91 por cento dos casos, por processo expansivo (forma tumoral) em 6,2 por cento e por pseudotumor (forma pseudotumoral) em 2,8 por cento. Baseadas nos mecanismos fisiopatologicos da HIC identificados por tomografia computadorizada, ventriculografia, cisternotomografia, ventriculomografia e/ou ressonância nuclear magnetica, diferentes abordagens cirurgicas foram indicadas. Pacientes com a forma tumoral foram submetidos a exerese dos cistos com boa evolucao. Pacientes com forma pseudotumoral que nao melhoraram com tratamento clinico foram submetidos a craniectomia descompressiva e os resultados obtidos nao foram bons. Exerese de cistos ventriculares ou cisternais e/ou DVA/DVP foram indicadas em pacientes com hidrocefalia. Os pacientes com cistos livres que nao apresentavam aracnoidite/ependimite geralmente tiveram boa evolucao e aqueles com cistos aderidos e/ou processo inflamatorio necessitaram posteriormente de DVA/DVP e suas evolucoes nao foram boas. Cento e trinta e dois pacientes foram submetidos a DVA/DVP (109 como primeiro tratamento e 23 apos outro tratamento cirurgico). O controle da HIC com a DVA/DVP foi efetivo apesar do grande numero de pacientes de complicacoes observadas durante os 2 primeiros anos pos-operatorios. Apos este periodo, os sobreviventes geralmente tiveram boa evolucao. Os pacientes submetido a exerese de cistos que causavam compressao local apresentaram boa evolucao. Baseados na experiencia adquirida no manuseio desses pacientes apresentamos nossa conduta atual no tratamento dos pacientes com neurocisticercose (AU)
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