Trauma abdominal penetrante: quando não operar - relato de caso

2015 
Introducao: A conduta em ferimento por arma de fogo (FAF) abdominalmanteve-se inalterada durante decadas, com a laparotomia diagnostica sendoobrigatoria. No entanto, este conceito tem sido desafiado em alguns centroscom a pratica do tratamento nao operatorio (TNO) em casos selecionados.Uma das razoes para a relutância em se adotar o TNO em pacientes comferimentos penetrantes de orgaos solidos e a preocupacao com outras lesoes,como perfuracoes de visceras ocas. Porem, a correta selecao de pacientespermite que o sucesso do tratamento seja atingido. Objetivo: Relatar o caso depaciente vitima de FAF em regiao dorsal com lesao diafragmatica e hepatica.Metodo: Informacoes obtidas por meio de anamnese, exame fisico, e metodosde imagem aos quais o paciente foi submetido e revisao da literatura. Relatodo caso: Paciente jovem, encaminhado a unidade de emergencia 60 minutosapos sofrer FAF em regiao dorsal. Estavel hemodinamicamente, apresentavadiscreta dor abdominal a palpacao e orificio de entrada de FAF em regiaoparavertebral direita em nivel de T12 com projetil palpavel em 5oEIC na linhahemiaxilar direita. Resultado USG FAST negativo e TC de abdome demonstrouperfuracao diafragmatica e pequena area de contusao hepatica e pulmonar,com pouco liquido livre em cavidade abdominal. Optou-se por realizar TNO,tendo o paciente permanecido estavel e sem alteracoes em exames fisico elaboratoriais e recebido alta no 6o dia. Conclusoes: Na maioria das vezes osangramento de lesao de figado cessa espontaneamente, em relacao a lesaodo diafragma direito, o figado oferece protecao bloqueando o orificio da lesao,impedindo, a migracao das visceras para o torax. Dessa forma, a opcao derealizar TNO, quando as condicoes necessarias estao presentes, nao e,apenas, cientificamente correta, mas eticamente justificavel.
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