Matriz de risco potencial da covid-19 em Santa Catarina: um instrumento de baixo impacto para tomada de decisão

2021 
Objetivo deste artigo foi apresentar um historico e analise da matriz de risco potencial utilizada pelo estado catarinense. Diante da grave ameaca sanitaria que a COVID-19 colocou as sociedades desde o inicio de 2020, os diferentes governos comecaram a coordenar as acoes em suas localidades por meio de planos de contingencia que pudessem impedir ou retardar o avanco da doenca. A concepcao de um instrumento de monitoramento e resposta e fundamental para uma comunicacao efetiva, disseminacao de informacoes e identificacao das principais medidas de enfrentamento, permitindo aos gestores tomadas de decisoes baseadas em criterios objetivos. Assim, no inicio da pandemia no âmbito da secretaria do estado de Santa Catarina foram elaboradas e discutidas a matriz GUTAI-COVID-19 e a Matriz de Risco Potencial a qual foi efetivamente adotada pelo estado catarinense. No entanto, ao longo da pandemia observou-se maior parte das decisoes em saude parecem sofrer maior influencia de poderes politicos e economicos do que dos resultados transmitidos pelos modelos avaliativos. Em Santa Catarina este cenario nao foi diferente, as flexibilizacoes passaram a ocorrer nao pela melhora dos indicadores, mas sim por decisoes de escritorio incoerentes com o cenario sanitario. Assim, a matriz deixou de ser uma potencial ferramenta seria para tomada de decisoes para se tornar um instrumento de baixo impacto. Tais contradicoes entre as estrategias adotadas e o uso de instrumentos de avaliacao de risco sem compromisso com as evidencias cientificas influenciaram na crise sanitaria e humanitaria que o Brasil e Santa Catarina vivenciaram em 2020 e 2021.
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