ESTUDO DAS DIFERENÇAS DE SUSCEPTIBILIDADE AO ESTRESSE OXIDATIVO INDUZIDO POR PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO DAS LINHAGENS TUMORAIS LEUCÊMICAS K562 E LUCENA-1

2014 
Introducao . Com o avanco da Medicina e aumento da expectativa de vida da populacao, o numero absoluto de casos de câncer tem aumentado, tornando-se um grande problema de Saude Publica no Brasil e no mundo. Celulas tumorais apresentam inumeras alteracoes morfologicas e funcionais, quando comparadas as celulas normais, tornando-as mais resistentes aos estimulos de inducao de morte celular, incluindo o estresse oxidativo induzido por drogas ou radiacoes. Objetivos. Estudar as diferencas de susceptibilidade frente ao estresse oxidativo induzido por peroxido de hidrogenio comparativamente nas linhagens tumorais leucemicas K562 e Lucena-1. Metodologia. A linhagem tumoral K562 foi estabelecida a partir de celulas originadas de uma paciente com leucemia mieloide cronica em crise blastica terminal e a linhagem Lucena-1, estabelecida a partir da linhagem K562, devido a resistencia a vincristina. A viabilidade celular foi avaliada pelos testes de reducao do MTT e de exclusao de azul de tripan com diferentes concentracoes de peroxido de hidrogenio. As celulas duplamente marcadas com anexina V-FITC e iodeto de propidio (PI) tambem analisadas por citometria de fluxo. A mesma tecnica foi usada para estimar a geracao de especies reativas de oxigenio (EROs) usando CM-H 2 DCFDA e MitoSOX™ Red. A oxidacao de grupos tiolicos de glutationa reduzida (GSH) ou proteinas foi avaliada por espectroscopia usando o-ftalaldeido e DTNB, respectivamente. Resultados. A exposicao ao peroxido de hidrogenio promoveu diminuicao da viabilidade celular, de forma concentracao dependente, em ambas as linhagens, no entanto, a linhagem Lucena-1 mostrou-se mais resistente que a K562. Para avaliar o tipo de morte celular induzido por peroxido nestas linhagens, as celulas foram marcadas com anexina V-FITC e PI e observou-se incidencia predominante de celulas duplamente marcadas, indicando apoptose (apoptose tardia). A linhagem K562 apresentou maior geracao de EROs que a Lucena-1, tanto na condicao basal, quanto na presenca de peroxido de hidrogenio. Alem disso, foi mostrado que Lucena-1 gera menos ânions superoxido que a K562 e, de forma muito interessante, nao responde ao indutor antimicina A. O peroxido de hidrogenio sobre tiois celulares causou oxidacao de GSH na K562, mas nao na Lucena-1, sem efeito em grupos tiolicos de proteinas. Conclusao. A linhagem Lucena-1 mostrou-se mais resistente ao estresse oxidativo induzido por peroxido de hidrogenio quando comparada a K562. A compreensao de mecanismos moleculares responsaveis por tais diferencas podem trazer avancos no entendimento da biologia do câncer e contribuir para o desenvolvimento de novas estrategias para a quimioterapia antitumoral.
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