Incidência e fatores de risco relacionados a quedas em uma coorte de idosos institucionalizados

2016 
A queda e uma sindrome geriatrica associada a alta morbimortalidade nos idosos. Este trabalho tem como objetivo determinar a incidencia e os fatores de risco relacionados a quedas em idosos institucionalizados na cidade do Natal-RN. Para esse fim, foi realizado um estudo longitudinal tipo coorte com periodo de duracao de um ano. Foram avaliados idosos residentes nas 10 Instituicoes de longa permanencia para idosos (ILPI) do municipio do Natal-RN, que deambulassem e possuissem capacidade cognitiva preservada, avaliada a partir do questionario de Pfeiffer. Do total de 364 idosos residentes nas ILPI, 130 foram incluidos de acordo com os criterios estabelecidos para inclusao e exclusao. Foi questionado ocorrencia de quedas no ultimo ano. Variaveis referentes a instituicao, condicoes socio-demograficas e saude do idoso foram coletadas por meio de questionario aplicados aos idosos ou cuidadores, ou ainda pela coleta nos prontuarios. Foram utilizados os questionarios Escala de depressao geriatrica, Escala de depressao CES-D, Escala de sonolencia de Epworth e o Indice de Barthel. Dados ambientais, antropometricos e de exame fisico (Timed up and go - TUG, Escala de Equilibrio de Berg - EEB, Velocidade de marcha - VM, Forca de preensao palmar - FPP e Teste do sentar e levantar - TSL) foram obtidos a partir de dados secundarios. As analises estatisticas foram realizadas por meio dos testes de Qui-quadrado ou Exato de Fisher e Regressao Logistica, considerando o nivel de significância de 5%. Como resultados, na analise ambiental nenhuma instituicao cumpriu todas as normas da ANVISA. Pela avaliacao fisico-funcional, ha inferencia para risco de quedas. Sessenta e dois idosos cairam ao final dos doze meses de avaliacao, com incidencia de 47,7% (IC95%=39,59-55,81) e uma taxa de quedas por pessoa/ano de 1,65 (+ 8,43). Para quedas recorrentes, a incidencia foi de 26,92% (IC= 22,38 - 31,46), representando 56,45% dos idosos que cairam. A maioria das quedas ocorreu no quarto e foram encontrados como fatores de risco o uso de antiepilepticos e fadiga e como fatores de protecao o declinio de mobilidade e uso de medicamentos antitromboticos, ajustados pela terapeutica tireoidiana, funcionalidade, sexo e hospitalizacao. Para duas ou mais quedas, foram identificados fadiga como fator de risco e uso de betabloqueadores como fator de protecao, ajustados pelo uso de medicamento antitrombotico, antiepileptico, funcionalidade, sexo e idade. Conclui-se que queda e um evento bastante incidente nas ILPI e que a fadiga foi identificada como fator de risco para queda unica ou recorrente, devendo a condicao fisica do idoso e o cansaco serem levados em consideracao no momento de sua avaliacao.
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