AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES GENOTÓXICOS E MUTAGÊNICOS DE VIGABATRINA

2014 
Vigabatrina e um medicamento indicado principalmente para o tratamento de espasmos infantis, tais como sindromes epilepticas e sindrome de West, mas tambem pode ser usado na epilepsia generalizada grave, incluindo a sindrome de Lennox-Gastaut. Este farmaco inibe irreversivelmente GABA-transaminase (GABA-T), enzima que degrada GABA, causando um aumento nos niveis deste neurotransmissor. Este estudo teve como objetivo avaliar a atividade genotoxica de vigabatrina atraves do ensaio cometa e sua atividade mutagenica usando o teste de micronucleos, apos tratamento agudo e tratamento subcronico em ratos Wistar. Os animais foram divididos em 4 grupos para a administracao de solucao salina (grupo controle), vigabatrina 50 mg/kg, 100 mg/kg ou 250 mg/kg. No tratamento agudo, os animais receberam uma dose unica e amostras biologicas foram coletadas 3h apos a administracao. No tratamento subcronico, os animais foram tratados por 13 dias e as amostras biologicas foram coletadas 24 horas apos a ultima administracao. Para avaliar a genotoxicidade foi utilizada a versao alcalina do ensaio cometa em amostras de sangue, figado, hipocampo e cortex cerebral. A mutagenicidade foi avaliada pelo teste de micronucleos em medula ossea dos mesmos animais do tratamento subcronico. Quanto ao tratamento agudo, verificou-se que vigabatrina foi capaz de induzir danos ao DNA em sangue e hipocampo nas doses mais elevadas. Porem, no tratamento subcronico, nao foi observado aumento significativo no indice e na frequencia de danos, sugerindo reparacao de danos ao DNA apos 24 horas da ultima administracao. Vigabatrina tambem nao induziu mutagenicidade, avaliada pelo teste de micronucleos em medula ossea. Conclui-se que vigabatrina tem potencial genotoxico, mas nao e mutagenica, nas condicoes apresentadas neste estudo.
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