AVALIAÇÃO CLÍNICA DO RISCO DE QUEDAS COM E SEM FRATURAS EM PACIENTES COM NEUROPATIA DIABÉTICA

2018 
Devido a alta incidencia e prevalencia na populacao brasileira, o Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) representa um problema de grande importância social e para a saude publica. A polineuropatia diabetica e umas das complicacoes cronicas mais graves do diabetes. Esse disturbio e definido por sinais e sintomas de disfuncao dos nervos perifericos em pacientes com DM2. A maior propensao a quedas nos pacientes diabeticos afeta enormemente a sua qualidade de vida, pois pode resultar em fraturas, diminuicao da autonomia, declinio da mobilidade, evitacao de atividades, hospitalizacoes e maior morbimortalidade. Os objetivos dessa pesquisa foram avaliar a prevalencia de neuropatia diabetica sensitivomotora associada ao risco de quedas com e sem fraturas em pacientes com DM2 que fazem acompanhamento no Centro de Saude numero 9 da Secretaria de Saude do Distrito Federal (SES-DF), assim como suas caracteristicas clinicas e sociais mais importantes. Alem disso, correlacionar o risco de quedas com o grau de neuropatia diabetica sensitivomotora e o controle glicemico dos pacientes, e avaliar frequencia de quedas e fraturas apresentadas por estes pacientes no ano anterior a avaliacao. Os criterios de inclusao foram possuir o diagnostico de DM2 e ter entre 50 e 70 anos. Foram excluidos os pacientes que apresentavam outras causas de neuropatia. Foram selecionados 40 participantes, os quais foram submetidos ao exame detalhado dos pes com a avaliacao das sensibilidades dolorosa, vibratoria, tatil, termica e do reflexo aquileu, bem como avaliacao de sensibilidade sensitiva atraves do teste de monofilamento. Entao, foram submetidos a um teste ja padronizado para screening de neuropatia diabetica sensitivomotora periferica denominado “United Kingdom Screening Test” que permite identificar presenca ou ausencia de neuropatia, assim como classifica-la. Posteriormente foi realizada a avaliacao do equilibrio estatico e dinâmico, com os testes “Berg and Balance Scale” (BSS) e o teste de mobilidade funcional “Timed Up and Go” (TUG). A prevalencia de neuropatia sensitivomotora na amostra foi de 40% (43,75% grau leve, 37,5% moderado e 18,75% grave), dado compativel com a prevalencia desse problema na populacao diabetica. Desses, 60% relataram ter sofrido queda no ano anterior, uma associacao que tendeu a significância estatistica (p=0,1003). Nenhum desses pacientes apresentou fratura decorrente da queda. Comparando as caracteristicas do grupo que teve quedas com o que nao teve quedas, verificou-se que 63,3% dos que nao apresentaram queda nunca fumaram, porem, ao analisar o grupo dos que apresentaram queda, 70% eram tabagistas (p: 0,025). Esse dado pode representar uma associacao entre o habito de fumar e a ocorrencia de quedas em pacientes diabeticos tipo2 com neuropatia sensitivomotora periferica. Nao houve relacao entre o controle glicemico e a incidencia de quedas nesses pacientes, no entanto, essa avalicao foi prejudicada pela indisponibilidade do exame de hemoglobina glicada na SES durante a execucao da pesquisa
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