Cotas: representação social dos calouros de Odontologia da FOA - UNESP 2018

A representacao social e conhecimento socialmente elaborado e partilhado, com a finalidade pratica de construir realidade comum a um conjunto social. Com o objetivo de produzir material proprio e autoconhecimento, 95 calouros da FOA/UNESP 2018, sendo 68 mulheres e 27 homens, quando confrontados com a categoria "COTAS" evocaram 9 categorias assim distribuidas: HOMENS-Oportunidade (27), Universidade (26), Precariedade (22), Necessario (18), Inclusao (17), Incerteza (12), e MULHERES - Oportunidade (118), Acessivel (79), Igualdade (58), Necessario (49), Preconceito (38). A analise utilizando a teoria de Moscovici revela que na representacao social de "cotas" para os homens e mulheres prevalecem a oportunidade e a acessibilidade. Tal prevalecimento e condizente com a Lei no 12.711/2012, sancionada em agosto de 2012, que a reserva de 50% das matriculas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educacao, ciencia e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino medio publico, em cursos regulares ou da educacao de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrencia. Para os que se posicionam contra a reserva de vagas sociais, o que mais intriga e que a Lei de Cotas nao foi sancionada como parte de um plano para melhorar a educacao no pais, o que a torna um "tapa buracos" da rede publica de ensino. Somente em junho de 2014 foi sancionado o Plano Nacional de Educacao, que preve 10% do total do Produto Interno Bruto (PIB) para Educacao, entre outras metas a serem cumpridas ate 2020. Ha tambem quem defende as cotas sociais, por conta da desigualdade socioeconomica que ha no pais, mas sao contra as cotas raciais, que poderiam aumentar e instigar o racismo. As cotas raciais sem criterios economicos tambem podem beneficiar negros que estudaram em escola particular e possuem renda alta, perdendo assim o sentido da acao afirmativa. Descritores: Acao Afirmativa; Direitos Culturais; Educacao.