Borracha e tecidos de algodão em Angola (1886-1932). O efeito renda

2012 
Ate quase ao fim do periodo colonial, a exportacao portuguesa de manufacturas de algodao esteve dependente dos mercados coloniais, e em particular do de Angola. A analise desta ligacao entre duas realidades distintas – um ramo industrial de composicao tecnica relativamente alta e uma colonia que exportava bens primarios geradores de lucros acima da taxa media, isto e, de rendas – ilumina-as simultaneamente. Acresce que, no que respeita a Angola, a importacao de manufacturas de algodao foi durante muito tempo um indicador por excelencia do nivel de consumo da grande maioria da populacao. Demonstrada a correlacao existente entre os rendimentos rendeiros de Angola e as suas importacoes algodoeiras, pode em seguida avancar-se para uma tipologia da distribuicao da renda em Angola durante os primeiros 40 anos de efectiva ocupacao colonial (1890-1930). Para esse efeito, sao considerados os ciclos da borracha e dos seus sucedâneos rendeiros, o milho e o cafe, durante a decada de 1920 e parte de 1930. As conclusoes sao certamente discutiveis mas pretendem contribuir para a actualidade da distribuicao da riqueza em situacoes “rendeiras”.
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