Entre Índices E Sentimentos: Notas Sobre A Ciência Do Bem-Estar Animal

2016 
O relatorio do Comite Brambell (1965) e ate os dias de hoje reconhecido por definir o bem-estar animal atraves do respeito as chamadas “cinco liberdades” aos animais: os animais devem estar livres de fome e de sede; livres de desconforto; livres de dor, de maus-tratos e de doencas; livres para expressar seu comportamento natural e livres de medo e de tristeza. Entretanto, deixou como legado tambem um pedido aos cientistas – veterinarios, zootecnistas, biologos – para que voltassem suas pesquisas ao tema do bem-estar animal a fim de definir o termo com maior precisao e desenvolver indices e parâmetros para que as condicoes em que vivem os animais, especialmente aqueles criados com fins alimentares, pudessem ser melhor avaliadas e mensuradas (Brambell et al, 1965, p.10). Como demonstrou Kirk (2014), o bem-estar animal foi gradualmente reconfigurado de um conceito politico-filosofico para um conjunto de praticas fundamentado nas ciencias (Kirk, 2014, p.252). Neste artigo me dedico a pensar em alguns dos desdobramentos na reconfiguracao cientifica do bem-estar animal, que tem como marco o relatorio do Comite Brambell citado acima. A partir de dois relatos sobre pesquisas em bem-estar animal, reflito tambem sobre os sentidos que adquirem termos como individuo, ambiente e interacao na ciencia do bem-estar animal
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