Análise da eficiência das Universidades Federais Brasileiras com enfoque sobre a governança pública

2019 
As novas teorias da administracao publica vem observando uma mudanca gradual no paradigma da relacao entre o poder publico e a sociedade, em que o estado passa a atuar como um mediador dos diferentes prestadores de servicos publicos e a natureza autarquica das universidades coaduna com esse novo modelo de descentralizacao. Dai emerge o conceito de governanca, para garantir que esses entes semiautonomos atuem alinhados aos interesses da sociedade. Nesse sentido, o objetivo consiste em analisar o efeito do grau de governanca, aferido segundo metodologia do TCU, sobre a eficiencia das universidades federais brasileiras. Para obter uma medida robusta de eficiencia empregou-se paralelamente duas metodologias: a Abordagem de Fronteira Estocastica (SFA) e a Analise Envoltoria dos Dados (DEA), utilizando-se dados das despesas como insumos do processo produtivo e o IGC como produto. Os resultados mostraram que existe margem para um grande potencial de aprimoramento do ensino superior pela transposicao de processos das universidades mais eficientes para as menos eficientes. Observou-se ainda significativa distincao geografica do nivel de eficiencia, sendo que as instituicoes localizadas em regioes mais desenvolvidas economicamente tendem a apresentar melhores resultados, ao passo que aquelas mais recentes e aquelas localizadas na Regiao Norte tendem a figurar em piores posicoes no ranking calculado. Por fim, os resultados nao foram consistentes com a hipotese de que a governanca torna as instituicoes mais eficientes, uma vez que, para as duas tecnicas utilizadas nao se identificou relacao estatistica significante entre os indicadores.
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