Plantios de pau-rosa (Aniba Rosaedora Ducke) estabelecidos em áreas com histórico de degradação por atividades agrícolas e pecuárias

2011 
Este estudo teve como objetivo avaliar as relacoes solo-planta de plantios comerciais de pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke) com idades de 4, 10 e 20 anos, implantados sobre uma area com historico de degradacao pelas atividades agricola e pecuaria, localizados no municipio de Maues, Estado do Amazonas, Brasil. Foram estudadas caracteristicas fisicas e quimicas do solo, bem como o status nutricional da planta, a producao de biomassa de galhos e folhas e a produtividade e qualidade do oleo extraido. Os plantios de 4 e 10 anos estao no espacamento de 3,0 m x 4,0 m, possuindo 334 arvores, e o plantio de 20 anos possui 200 arvores organizadas no espacamento de 5,0 m x 5,0 m. Para avaliacao do solo, foi delineado 5 tratamentos: Solos de capoeira, plantio de 4 anos, plantio de 10 anos, plantio de 20 anos e uma floresta secundaria tardia. Para as analises quimicas do solo foram coletadas amostras em 5 repeticoes para cada tratamento em 4 profundidades (0-10 cm; 10-20 cm; 20-30 cm e 30-40 cm) e as analises fisicas do solo foram realizadas em 2 profundidades (0-10 cm e 10-20 cm). Para determinacao da biomassa da copa, foram realizadas podas de 100% da copa de 10 arvores de cada idade, totalizando 30 individuos. No momento de obtencao da biomassa, foram coletadas amostras de folhas para fins do levantamento do status nutricional. A extracao do oleo essencial da biomassa coletada foi feita por arraste a vapor na destilaria em Maues e por hidrodestilacao no laboratorio de biomoleculas da Amazonia pertencente a UFAM. O rendimento em oleo foi determinado a partir do peso de massa seca dos galhos e folhas de pau-rosa e do peso de oleo extraido dessa massa, tanto na destilaria em Maues, quanto no metodo laboratorial. A qualidade do oleo foi determinada atraves de cromatografia gasosa e a analise dos cromatogramas gerados, com observacao dos teores de linalol. Os resultados das analises de solo mostraram que a area que comporta o plantio de 4 anos se distingue das demais, principalmente em relacao a composicao granulometrica das particulas, maiores teores de argila, maiores teores de macro e micronutrientes, valores de densidade do solo menores e maior porosidade total do solo. Em relacao as demais areas, o solo dos plantios de pau-rosa equipara-se as condicoes encontradas nas areas de capoeira e da floresta secundaria tardia. Devido ao efeito do espacamento, a maior producao de biomassa total da copa de arvores de pau-rosa por hectare foi obtida no plantio de 10 anos de idade, com 35,15 ton ha-1, seguido do plantio de 20 anos com 24,73 ton ha-1, enquanto que o plantio de 4 anos produziu a menor quantidade, com cerca de 17,92 ton ha-1. Nao foram encontradas diferencas estatisticas significativas no rendimento em oleo, e em media foram obtidos no laboratorio e na destilaria 1,34 % e 1,15 %, respectivamente. O teor de linalol encontrado foi superior no oleo de 10 anos obtido na destilaria (88,05%), seguido do oleo obtido do plantio de 20 anos no laboratorio (83,87%). O menor conteudo de linalol foi encontrado para o plantio de 4 anos de idade, no oleo obtido no laboratorio (73,19%) . O conteudo de oleo essencial e de linalol nos galhos e folhas, mostrou que e rentavel a extracao de oleo a partir da poda. Alem disso, a materia prima do oleo pode ser obtida de plantios comerciais homogeneos implantados sobre areas degradadas e/ou ociosas, diminuindo a pressao sobre populacoes naturais.
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