Fatores prognósticos de sobrevida pós-reanimação cardiorrespiratória cerebral em hospital geral

2005 
OBJETIVO: Analisar as caracteristicas clinicas e demograficas dos pacientes que receberam reanimacao cardiorrespiratoria e detectar fatores prognosticos de sobrevivencia a curto e longo prazo. METODOS: Analisamos, prospectivamente, 452 pacientes que receberam reanimacao em hospitais gerais de Salvador. Utilizou-se analise uni, bivariada e estratificada nas associacoes entre as variaveis e a curva de sobrevida de Kaplan-Meier e a regressao de Cox para analise de nove anos de evolucao. RESULTADOS: A idade variou de 14 a 93 anos, media de 54,11 anos; predominou o sexo masculino; metade dos pacientes tinha ao menos uma doenca de base, enfermidade cardiovascular foi etiologia responsavel em metade dos casos. Parada cardiaca foi testemunhada em 77% dos casos e em apenas 69% dos pacientes foi iniciada imediatamente a reanimacao. O ritmo cardiaco inicial nao foi diagnosticado em 59% dos pacientes. Assistolia foi o ritmo mais frequente (42%), seguida de arritmia ventricular (35%). A sobrevida imediata foi de 24% e sobrevida a alta hospitalar de 5%. Foram identificados como fatores prognosticos em curto prazo: etiologia da parada; diagnostico do ritmo cardiaco inicial; fibrilacao ou taquicardia ventricular como mecanismo de parada; tempo estimado prereanimacao menor ou igual a 5 minutos e, tempo de reanimacao menor ou igual a 15 minutos. Os fatores prognosticos de sobrevivencia em nove anos de evolucao foram: nao ter recebido epinefrina; ser reanimado em hospital privado e tempo de reanimacao menor ou igual a 15 minutos. CONCLUSAO: Os dados observados podem servir de subsidios para os profissionais de saude decidir quando iniciar ou parar uma reanimacao no ambiente hospitalar.
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