Cardiotoxicidade por Antraciclinas em Pacientes com Leucemia Aguda: Uma Revisão da Literatura

2017 
A leucemia e uma doenca hematologica maligna que se caracteriza pelo acumulo de celulas imaturas na medula ossea. Sao classificadas em mieloide e linfoide, de acordo com a linhagem celular em proliferacao. E estimado no Brasil, o surgimento de mais de 10.000 novos casos em 2016. Ainda que os casos novos sejam elevados, o menor indice de mortalidade predispoe as comorbidades, especialmente das doencas cardiovasculares, entre elas, a insuficiencia cardiaca. Deste modo, a cardiotoxicidade pelo uso intensivo de quimioterapicos da classe das antraciclinas (doxorrubicina, daunorrubicina, idarrubicina e mitoxantrona) tem sido amplamente estudada. Assim, a frequencia de desenvolvimento varia de 2% a 5% e pode atingir uma frequencia de 27% ou 32%, em que a dose cumulativa surge como um fator de risco. Inclusive, o diagnostico de doencas hematologicas (ex. leucemias e linfomas) ja e um fator de risco em si. Quanto aos efeitos proprios da doenca, a fibrose miocardica e a infiltracao de celulas cancerigenas no coracao tem sido descritas; e baixos niveis de citocinas pro-inflamatorias (TNF-a e IL-6) e alto nivel de citocina anti-inflamatoria (IL-10) estaorelacionados com a melhora no prognostico. A cardiotoxicidade destaca-se entao, como o efeito adverso de maior preocupacao, de modo que a utilizacao de novos metodos identificadores de eventos cardiacos, como o GLS (Global Longitudinal Strain) sao importantes para aumentar a sensibilidade de diagnostico ao proporcionar informacoes adicionais e independentes. Por fim, esta revisao tem como objetivo o estudo da frequencia de desenvolvimento de cardiotoxicidade e sugere que o monitoramento do paciente quando submetido a quimioterapia e um elemento essencial para melhorar o seu prognostico.
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