HANSENÍASE NO ESTADO DO MARANHÃO: ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DE CONTROLE E OS IMPACTOS NOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS
2016
Introducao: As estrategias de controle da hanseniase vem se aprimorando ao longo das decadas. No entanto, em 2012, o Brasil ainda detinha o maior numero de casos de hanseniase das Americas (93%) e ocupa o segundo lugar de casos no mundo. Fortalecendo tal estatistica, encontra-se o Maranhao como 4o colocado do Brasil em deteccao de casos novos; 3o em menores de 15 anos de idade; e, no geral, o estado mais prevalente do Nordeste. Metodos: Desenvolveu-se um estudo ecologico exploratorio, da evolucao temporal dos indicadores epidemiologicos da hanseniase e das politicas publicas de controle da endemia no periodo de 2002-2011. Resultados: Foi observado que as acoes de controle realizadas buscaram abranger os campos da epidemiologia, gestao, atencao integral, comunicacao e educacao, alem de supervisoes municipais. Foram identificados os principais indicadores epidemiologicos e operacionais da hanseniase, a partir dos quais pode-se observar um padrao de tendencia decrescente na deteccao de casos novos, com significância estatistica (R 2 =0,83; P<0,0001). Por outro lado, a proporcao de casos novos multibacilares revelou-se em tendencia inversa (R 2 =0,95; P<0,0001). A analise mostrou ainda que o coeficiente de casos novos no Maranhao foi significativamente maior (74,3/100.000) que a media nacional (24,9/100.000), apresentando RR=2,96, IC95%: 1,88-4,66; p<0,0001. Seguiu a mesma trajetoria, o coeficiente de casos novos em menores de 15 anos e o coeficiente anual de prevalencia. Conclusao: Diante do panorama epidemiologico identificado e das estrategias descritas o estudo reforca que as medidas de controle devem ser mantidas como prioridades em todo o territorio estadual e ser intensificadas nos municipios em situacao de alta e hiperendemicidade.
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