A METATEXTUALIDADE LÚDICA EM A QUINTA HISTÓRIA, DE CLARICE LISPECTOR - THE LUDIC META-XTEXTUALITY IN A QUINTA HISTÓRIA, FROM CLARICE LISPCETOR
2011
Resumo: O presente estudo pretende discutir a presenca da metatextualidade ludica no texto “A quinta historia”, de Clarice Lispetor, publicado pela primeira vez no livro Felicidade Clandestina, em 1971. Clarice, em seu texto, apresenta cinco historias diferentes, revelando o processo de escrita de cada uma delas, o que Linda Hutcheon chama de mimese do processo. Esse desnudamento promove uma intensa relacao com o leitor. Como em um jogo, a narradora mexe a primeira peca, elabora suas jogadas, deixa ser observada pelo leitor, que recebe a vez de mexer as pecas da narrativa. Essa vez do leitor e evidenciada quando a narradora anuncia apenas o titulo da quinta historia, deixando a composicao do restante da narrativa a cargo de sua imaginacao. O prazer da narrativa tambem e compartilhado com o leitor, a quem e permitido participar do jogo. O questionamento da linguagem e fenomeno recorrente na obra clariceana e esse aspecto e bastante explorado na literatura moderna e pos-moderna. O texto metaficcional de Lispcetor atende tanto a necessidade humana de jogo quanto a de contar historias. Palavras-chave: Metaficcao. Jogo. Metatextualidade ludica. Clarice Lispector. Abstract: This study discusses the presence of ludic meta-textuality in "A quinta historia," from the Brazilian writer Clarice Lispector, first published in the book Felicidade Clandestina, in 1971. Lispector, in her text, presents five different stories, revealing the process of writing in each one, what Linda Hutcheon calls mimesis of process. This stripping/ revealing promotes an intense relationship with the reader. Like in a game, the narrator moves the first pointer, prepares next moves and allows to be observed by the reader, who receives the turn to move parts of the narrative. This reader’s turn is evident when the narrator announces only the fifth title of the story, leaving the composition of the rest of the narrative to his/her imagination. The narrative pleasure is also shared with the reader, who may participate in the game. To question the language is a recurrent phenomenon in Clarice’s works and this aspect is extensively explored in modern and postmodern literature. Clarice’s meta-fictional text serves both to the human need to play games as to storytelling. Keywords: Meta-fiction. Game. Ludic meta-textuality. Clarice Lispector.
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