Distribuição espacial da hanseníase e sua relação com variáveis socioeconômicas e políticas públicas, em três municípios no estado do Pará

2017 
Nos ultimos anos as organizacoes Mundial (OMS), Pan Americana (OPAS) e o Ministerio da Saude (MS), tem priorizado para suas politicas de combate a endemia hansenica, areas geograficas definidas com alta deteccao de casos e de determinantes sociais que aumentam o risco de adoecimento de seus habitantes. Este estudo tem como enfoque, caracterizar a doenca, suas variaveis epidemiologicas e operacionais, socio-demograficas e as politicas desenvolvidas para o seu controle e eliminacao. Nesse sentido, foi desenvolvido um estudo transversal, retrospectivo, descritivo, de base populacional com analise temporal e espacial de casos novos de hanseniase, associada a condicao de renda da populacao, e nivel de atencao dos servicos de saude em tres municipios do estado do Para: Ananindeua, Maraba e Xinguara. Utilizando a base cartografica digital e dados socioeconomicos de cada municipio, produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE) e a morbidade registrada no Sistema de Informacao de Agravos de Notificacao (SINAN), foram caracterizados os casos novos diagnosticados no periodo de 2010 a 2015, por setor censitario, visando a subsidiar a analise, assim como, estrategias de intervencao. Para a aplicacao dos testes estatisticos foi utilizado os softwares Epi Info 7 e Bioestat 5.0, onde foi levantada a hipotese de que existe uma relacao positiva entre as variaveis epidemiologicas, e as demais. Os casos foram georreferenciados em campo utilizando um receptor de Sistema de Posicionamento Global (GPS) e espacializados utilizando um Sistema de Informacao Geografica (SIG). Para fins da analise espacial foi aplicado o metodo de estimacao de Kernel, a fim de evidenciar areas de maior densidade de casos e tambem onde foi encontrado os melhores niveis de atencao aos pacientes. Com a tecnica de Buffer, foi analisado o risco real de ocorrencia de hanseniase em cada area, a partir da incidencia em menores de 15 anos e de casos multibabacilares. Considerando a problematica e a utilizacao de metodos e tecnicas anteriormente mencionados, foi gerado um acervo de tabelas e graficos dos principais indicadores e da magnitude da prevalencia oculta da hanseniase, e uma variedade de imagens digitais que expressam a analise espacial da doenca. Os resultados, demonstrados em mapas tematicos, revelam uma distribuicao nao homogenea da hanseniase nos territorios, evidenciando as areas de maior e menor risco e permitindo identificar aquelas que poderiam ser tomadas como prioritarias pelo Programa de Controle da Hanseniase.
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