Avaliação da produção e características de grãos de café conilon (Coffea canephora pierre) em consórcio com seringueira instalado na região Nordeste do Espírito Santo.

2019 
A principal regiao produtora de cafe conilon no Brasil concentra-se no norte do Espirito Santo. Em boa parte dessa regiao predominam condicoes edafoclimaticas adversas. Essas condicoes, somadas as frequentes oscilacoes do preco do cafe e a pressao da sociedade por uma cafeicultura mais sustentavel, tem redirecionado a visao do cafeicultor para a utilizacao de sistemas de consorcios com especies perenes visando o aumento da rentabilidade por area cultivada e a minimizacao dos efeitos adversos do clima. Por isso, no norte do Espirito Santo, o cultivo consorciado de cafe conilon com especies florestais como a seringueira tem sido praticados desde a decada de 1980, intensificando-se nos ultimos anos. Todavia, ainda pouco se conhece sobre o comportamento dos clones de cafe conilon em sistemas sombreados. Este trabalho visa a identificacao de niveis de sombreamento que viabilizem tecnica e economicamente as culturas associadas e, eventualmente, evidenciar os clones com maior ou menor potencial para cultivo em consorcio em que ocorra sombreamento. Trinta e um clones foram plantados (2,5 x 1,0 m), em 1999, em fileiras perpendiculares aos renques de fileiras duplas de seringueira, com renques espacados de 20, 30 e 40m. Alguns clones apresentaram altas produtividades, uns foram indiferentes ao consorcio; outros nao. Avaliando-se cinco safras, de 2006 a 2010, o espacamento entre renques de 30 e 40m mostraram-se mais promissores. A sombra promovida pela seringueira, no periodo da tarde, afeta negativamente a produtividade das plantas nao pela competicao (das arvores) por agua e nutrientes, mas sim pela reducao do estimulo ao desenvolvimento de gemas reprodutivas. OS 10 clones que apresentaram medias de cinco safras maiores em produtividades foram o 120, 143, 16, 31-seringueira, 02, 99, 03, 104a, 19 e 14, com produtividades que vao de 0,93 a 0,73kg de graos por planta. Os que apresentaram os piores resultados foram o 36, 45, 106, 132, 29, 110a, 110b 139 e 49 com produtividades que decaem de 0,53 a 0,29kg de graos por planta. Tambem verificou-se que o sombreamento a tarde influencia positivamente no rendimento dos graos que o peso dos graos produzidos a pleno sol foram em media 7,2% menor. Importante ressaltar que durante os anos de 2009 e 2010 ocorreram secas severas, o que demonstra a importância dos resultados.
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