Vulnerabilidade de queda em idosos: estudo de método misto

2019 
Pesquisa de metodo misto convergente, realizada no domicilio de idosos. Objetivou-se analisar a vulnerabilidade e o risco de quedas para pessoas com idade ≥ 60 anos, avaliar a qualidade de vida dos idosos, e compreender as Representacoes Sociais sobre o risco de quedas. Amostra por selecao completa. Foram criterios de inclusao: idosos com idade ≥ 60 anos que possuissem algum fator de risco ou vulnerabilidade para quedas, e todos os idosos com idade superior 80 anos; residir na area de cobertura de estrategia de saude da familia (ESF) da unidade basica de saude (UBS) que os dados foram coletados; ser lucido; concordar a participar de forma nao remunerada e voluntaria. Os dados foram coletados atraves de entrevistas fechadas, em um questionario semiestruturado pesquisa do tipo survey-descritivo, os dados foram analisados com apoio do SPSS (estatistica descritiva), EVOC (analise prototipica TRS). Atendidos todos os criterios eticos e legais envolvendo pesquisas com seres humanos. Participaram 100 idosos assim caracterizados: 76% mulheres; 51% idade ≥75 anos; 42% categoria “outros” (uniao estavel e com companheiro); 89% com filhos; 79% com anos de estudo ≤5. Em relacao aos fatores de risco para quedas: 36% possuiam ≥ 80 anos; 38% possuiam mais cinco comorbidades; 61% polifarmacia; 20% possuiam historico de alta hospitalar recente ou recorrente; 40% necessitavam de auxilio para desenvolver as atividades de vida diaria (AVD); 32% possuiam fraturas; 30% insuficiencia familiar; 15% instabilidade; 17% incontinencia urinaria; incontinencia fecal 8%, instabilidade para locomocao 50%, e incapacidade cognitiva 10%. Quando investigado o perfil de vulnerabilidade clinico funcional: 22% possuiam baixa vulnerabilidade, 22% idosos com risco aumentado para vulnerabilidade, e em 56% a vulnerabilidade ou fragilidade ja esta instalada. Em relacao a qualidade de vida os menores valores medios estavam relacionados a capacidade funcional (58,48%), limitacao do aspecto fisico (54,4%) e aspectos emocionais (56,4%). Foram componentes simbolicos emergentes da abordagem estrutural das representacoes sociais: saliencias autorreferidas “medo; dor-machucou; nada”; saliencias vinculadas ao evento e seu tratamento “queda-cair; deus-fe; profissionais-saude”; e aquelas vinculadas as consequencias “osso-quebrado; passar-mal-doenca; casa-hospital”. Os conteudos simbolicos representacionais e simbolicos sobre quedas permitiram identificar e compreender estressores intrapessoais, interpessoais, e extrapessoais, o que contribui para a atuacao laboral do enfermeiro no atendimento ao idoso com vulnerabilidade e risco de quedas.
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