Desenvolvimento de caminhar espinal em cães paraplégicos com fraturas e luxações vertebrais toracolombares

2017 
RESUMO: Fraturas e luxacoes vertebrais (FLV) toracolombares estao dentre as afeccoes neurologicas mais frequentes na neurologia veterinaria. Sao um dos disturbios mais graves e desafiadores, devido ao elevado risco de paralisia permanente, levando muitos animais a serem submetidos a eutanasia, devido ao prognostico desfavoravel nos animais que perderam a nocicepcao. Objetivou-se descrever as bases neurofisiologicas responsaveis pelo desenvolvimento do caminhar espinal e analisar, em 37 caes acometidos por FLV toracolombares, os dados referentes a taxa de recuperacao dos animais com e sem nocicepcao. Naqueles sem nocicepcao, analisou-se ainda a frequencia dos animais que desenvolveram caminhar espinal e o periodo medio para seu aparecimento. Em relacao ao grau da lesao a as taxas de recuperacao, 14/37 animais (37,8%) possuiam nocicepcao, no qual a taxa de recuperacao da deambulacao voluntaria e das funcoes viscerais foi de 100%. Enquanto que 23/37 animais (62,1%) perderam a nocicepcao, no qual nenhum recuperou a deambulacao voluntaria, ocorrendo morte por causas diversas em sete destes. Dos 16 animais sem nocicepcao sobreviventes e que foram submetidos ao tratamento conservativo ou cirurgico, cinco (31,25%) readquiriram a capacidade de caminhar (tempo medio de 115 dias) sem recuperar a nocicepcao, sendo esta deambulacao involuntaria atribuida ao caminhar espinal. De acordo com os resultados desta pesquisa, o parâmetro isolado da perda da nocicepcao nao deve desencorajar a realizacao da terapia, pois em caes paraplegicos com FLV toracolombares, ha possibilidade de ocorrer desenvolvimento de deambulacao involuntaria.
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