Revisão de escopo sobre as ações de atenção à saúde realizadas na atenção primária à saúde em tempos de Covid-19

2020 
INTRODUCAO: A Organizacao Pan-Americana da Saude define COVID-19 como uma doenca infecciosa relacionada comumente a febre, cansaco e tosse seca, causados pelo SARS-CoV-2. Em 2020, essa nova infeccao foi disseminada para todos os continentes, caracterizando uma pandemia. O Brasil registrou, em setembro de 2020, cerca de 4,4 milhoes de casos confirmados e 134.106 obitos decorrentes da COVID-19, segundo o Ministerio da Saude. Nesse contexto, e reconhecida a importância da Atencao Primaria a Saude (APS), dado seus atributos essenciais e derivados que abrangem desde atencao ao primeiro contato a orientacao familiar e comunitaria. OBJETIVO: Analisar na literatura cientifica acoes desenvolvidas na APS do Brasil em tempos de COVID-19. METODO: Revisao da literatura realizada na Biblioteca Virtual em Saude Brasil com inclusao das bases de dados LILACS e Coleciona SUS, pelos descritores: “Atencao Primaria a Saude”, “Infeccoes por Coronavirus” e “Saude da familia”, cruzados com operador booleano “and”. Foram incluidas producoes disponiveis nos idiomas ingles, portugues e espanhol, publicadas no ano de 2020. Foram encontradas 26 producoes cientificas e selecionadas 7. RESULTADOS: O Protocolo de Manejo Clinico da COVID-19 na APS, orienta as acoes relacionadas ao manejo e controle da infeccao. Preconizou-se inicialmente um plano de contingencia com abordagem sindromica, ou seja, sem necessidade de diagnostico sorologico, a partir da atuacao dos Agentes Comunitarios de Saude (ACS) nas visitas domiciliares, ratificando a importância dos ACS e do seu vinculo com a comunidade. Destaca-se a atuacao dos enfermeiros na capacitacao desses agentes, abordando tematicas como a utilizacao dos equipamentos de protecao individual. Foram estabelecidas outras acoes adaptadas ao contexto de pandemia, como a antecipacao da vacinacao contra influenza, a fim de reduzir a sobrecarga no sistema hospitalar. O protocolo tambem preve a obrigatoriedade do acompanhamento dos profissionais da APS aos pacientes em isolamento domestico durante todo o curso da doenca. Para isso, pode-se fazer uso de ferramentas como a telemedicina, viabilizada pelo TeleSUS, assegurando o distanciamento social. Diante do cenario de isolamento social, observou-se, ainda, o aumento da violencia domestica, que requer atencao das equipes de APS aos indicios de tensionamento familiar. CONCLUSAO: Salienta-se a importância de envolver a APS nos planos de enfrentamento a pandemia e explorar suas potencialidades. Nesse contexto, e inegavel o impacto das equipes da APS sobre a populacao, representando um instrumento diferencial no controle da COVID-19. Demarca-se que o Brasil vem negligenciando acoes de politicas publicas que incluiriam a APS no combate ao COVID-19.
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